quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Flávio Dino vai gastar R$ 25 milhões apenas com lanches no Palácio dos Leões

Gasto consta de edital de licitação no valor global de R$ 46,6 milhões, aberto pelo comunista para contratação de alimentos para a despensa da sede do governo; garrafa de água mineral de 500 ml chega a custar mais de R$ 2,00


O Edital de Licitação número 0047924/2018, publicado na sessão “Terceiros” do Diário Oficial do Estado, em 10 de julho de 2018, prevê o gasto de R$ 46,6 milhões para compra de produtos para a despensa do Palácio dos Leões.

Autorizada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) a contratação prevê gastos de R$ 25 milhões apenas na compra de lanches, cada um a R$ 30,00.

São mais de 1 milhão de lanches até o final do governo.

O que chama atenção no gasto com este tipo de coisa para o Palácio dos Leões é o fato de Flávio Dino ter criticado o governo anterior por contratar este mesmo tipo de serviço.

Na sua lista de compra para o Palácio dos Leões, Flávio Dino não fez questão de economizar. Vai gastar, por exemplo, R$ 64,00 por cada unidade de quentinha.


PROVA CABAL. Documento da licitação publicado no blog de Filipe Mota. Contrato já em andamento

Segundo revelou o blog de Filipe Mota, umas das empresas participantes da licitação, Vitória Serviços Gerais e Empreendimentos LTDA., ainda tentou impugnar o certame, mas teve seu pedido indeferido em 23 de julho. (Leia aqui)

O edital do Palácio dos Leões é mantido em sigilo pelo governo comunista e não se tem acesso às informações no Portal da Transparência, o que torna difícil saber questões como a vencedora e a vigência.

No debate da TV Mirante, Flávio Dino mentiu quando questionado sobre os gastos pela ex-governadora Roseana Sarney.

– Trata-se de Ata de Registro de preço, com validade de cinco anos, que poderia ou não se tornar gasto efetivo” – afirmou Dino.

O D.O.E. desmente o comunista e prova que o gasto de R$ 46,6 milhões está em plena efetivação.

E talvez por tantos lanches o governador exibiu sobrepeso no programa da TV Mirante…

Lula, Weverton e Dino juntos


A foto acima é o retrato da eleição de 2022 no Maranhão.

Nela, Weverton Rocha, Luís Inácio Lula da Silva e Flávio Dino posam juntos depois de um jantar oferecido pelo governador diante de toda a classe política maranhense.

O sorriso amarelo de Dino que ultrapassa a máscara, a empolgação do senador pedetista com os reiterados gestos políticos do ex-presidente e a forma como Lula abraça Weverton dizem muito sobre o pleito do próximo ano.

Se uma imagem vale mais do que mil palavras, a foto que ilustra este post diz o suficiente sobre a disputa pela sucessão de Dino no Palácio dos Leões.

Marrapá

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Aliados forçam a barra para incluir Brandão em agenda de Lula


Os aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) tentam, desde a última segunda-feira, 16, agendar um encontro pessoal do tucano com o ex-presidente Lula (PT), que desembarca em São Luís nesta quarta-feira, 18.

Além da agenda pública, Lula tem encontros pessoais já confirmados apenas com o ex-presidente José Sarney (MDB) e com o senador Weverton Rocha (PDT), candidato a governador preferido pela cúpula nacional do PT.

Os apoiadores de Carlos Brandão no Palácio dos Leões – curiosamente, a maioria anti-Lula e ligada ao PSDB – usam a articulação do governador Flávio Dino (PSB) para criar uma agenda própria entre o petista e o vice.

Dino receberá Lula em um jantar na noite desta quarta-feira, 18.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, pressionado pelos brandonistas, o governador ainda tentou incluir apenas Brandão nesta agenda, mas foi orientado pelo próprio Lula a chamar também auxiliares, deputados federais, estaduais, e os dois outros pré-candidatos da base: o próprio Weverton e o secretário Simplício Araújo (Solidariedade).

A Brandão, mesmo filiado ao PSDB, foi franqueada a presença nos eventos públicos de Lula, ao lado de Flávio Dino, como a visita a uma creche de tempo integral, nesta quinta-feira, 19.

A reunião com Sarney ocorre nesta quinta-feira, 19, mas ainda não está definida se pela manhã, à tarde ou à noite.

Já o encontro pessoal com Weverton Rocha se dará na sexta-feira, 20, e tratará do processo eleitoral de 2022, no Brasil e no Maranhão.

Marco D'eça

Othelino e Eliziane fechados com Weverton


Após o Encontro Regional do senador Weverton em Imperatriz, chamou muita atenção no meio político é o firme posicionamento da senadora Eliziane Gama e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Othelino Neto para com o projeto político do senador Weverton.

Os dois mantêm firmes suas posições ao lado do parlamentar ao Governo do Estado sem deixar se pressionar.

O presidente da Alema e uma das senadoras mais influentes do Congresso dão uma sustentação muito grande ao pedetista.

Mesmo crescendo no governo, PP resiste a filiar Bolsonaro


O deputado federal André Fufuca (PP) encontra-se com um baita problema na sua mesa de trabalho no posto de atual presidente nacional do partido: a tentativa de filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus filhos e sua tropa de choque ao seu partido.

Corre o zumzum dando conta de que o presidente está em conferência com os líderes do partido – além de André Fufuca, pesam na legenda o deputado federal alagoano Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, e o senador piauiense Ciro Nogueira, atual chefe da Casa Civil – para definir uma posição. Isso porque boa parte dos deputados federais do PP já avisou que não quer saber do presidente e sua turma no partido, criando assim um clima de constrangimento para os líderes.

Antes do PP, Jair Bolsonaro foi rejeitado no PMB, depois mirou no Patriotas, que igualmente lhe fechou as portas por meio de uma crise entre apoiadores e não apoiadores do presidente dentro do partido. Agora está causando um estica-encolhe dentro do PP presidido no Maranhão e no plano nacional pelo deputado federal André Fufuca, onde também é rejeitado por parte dos deputados federais do partido. 

Nos três casos, a rejeição ao presidente é justificada pelo temor de que Jair Bolsonaro e sua tropa estabeleçam um clima de bagunça dentro do partido. No caso específico do Maranhão, o temor dos líderes é que o senador Roberto Rocha acompanhe o presidente e reivindique o comando estadual do partido. Nesse contexto de rejeição, sua procura poderá terminar nos portões do PTB, que poderá ser apressada com o presidente do partido, Roberto Jefferson, na cadeia. Parece ser o único em que o presidente será acolhido, caso resolva entrar. É o sonho colorido da presidente do partido no Maranhão, deputada Mical Damasceno.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Carlos Brandão repete Luís Fernando


Possível candidato à reeleição em 2022, depois de sentar na cadeira de governador no lugar de Flávio Dino, o vice-governador Carlos Brandão repete a malfadada estratégia que culminou na desistência de Luís Fernando Silva em concorrer à sucessão de Roseana Sarney.

Sem qualquer apelo popular, as ações de Carlos Brandão no interior se resumem a aglomerar políticos debaixo de toldos após atos de governo, assinar papéis sem valor algum e anotar demandas para supostamente encaminhar ao Palácio dos Leões. Da mesma forma que o atual secretário de Projeto Especiais do governo Dino fazia em busca de turbinar sua pré-candidatura ao governo entre os anos de 2013 e 2014.

Não é por acaso que entre os principais conselheiros de Brandão esteja Luís Fernando, assim como a estrutura de marketing e comunicação do vice seja a mesma que levou o ex-prefeito de Ribamar à derrocada política.

O blefe por trás da pré-candidatura de Roseana ao governo


A política, por vezes, é muito mais um jogo de baralho do que propriamente um de xadrez. Além do rei e da rainha, o carteado tem o blefe, o melé e o ás em embaixo da manga.

E esse jogo, Roseana sabe jogar.

A sua entrevista à TV Mirante, admitindo que pode ser candidata ao governo, foi uma cartada e tanto. A pré-candidatura coloca o seu nome oficialmente na mesa pré-eleitoral.

Até então, os institutos de pesquisa sempre testavam a aceitação da alcunha Sarney, sem que houvesse qualquer sinal de que ela iria participar da rodada.

Desta vez, é diferente. Ela está oficialmente habilitada, como pré-candidata, a constar não só das pesquisas, mas das sequências que envolvem a sucessão do governador Flávio Dino.

A jogada de mestre, no entanto, é outra. O seu nome vai circular em todo o estado e assim, como pré-candidata ao governo, poderá, ao final do prazo, sair candidata a deputada federal, sem perder a majestade!

Roseana, quatro vezes governadora do Estado, sair simplesmente candidata à deputada seria um sinal de fraqueza.

Amparada nas pesquisas que lhe confere a liderança na preferência do eleitorado aos Leões, agora ela terá a grandiosidade de abrir mão da candidatura majoritária para ajudar o MDB a eleger o maior número de deputados federais possíveis!

O gesto de grandiosidade faz parte da jogada. Aliás, não tem outra alternativa. Roseana sabe que a liderança nas pesquisas a um ano das eleições, sem que não tenha cacife para disputar o governo do estado, é uma aposta furada. Em junho de 17, segundo pesquisa Escutec, ela liderava a disputa contra Flávio Dino, por 32,9% a 25,9%. Em outubro de 18, não deu outra, perdeu por 59,29% a 30,07%!

Um outro ponto que assusta a ex-governadora é o tamanho de sua rejeição. Pesquisa Econométrica, que em julho deste ano aponta a sua liderança, 24,6% contra 19,9% do segundo colocado Weverton Rocha, também registra que 42,8% do eleitorado não votaria nela nem que a vaca tussa.

Haveria até como superar tamanha rejeição se o MDB não tivesse entrado em queda livre após a derrota do grupo Sarney em 2014.

Em 2012, com 47 eleitos, o ainda PMDB foi a legenda que mais elegeu prefeitos no estado. Na eleição municipal seguinte, esse número caiu para 23, e na de 2020, quase foi ao chão. Somente 7 prefeitos foram eleitos.

Sem os Leões, sem parentes no Congresso Nacional ou em cargos públicos federais e com pouquíssimos prefeitos eleitos, Roseana não vai entrar em bola hoje dividida entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Weverton está na metade do mandato de senador e o seu partido, o PDT, foi quem mais elegeu prefeitos no Maranhão, 42. Enquanto Brandão irá disputar em 2022, como governador candidato à reeleição.

A entrevista de Roseana ao Bom Dia Mirante, portanto, não passa de uma estratégia publicitária com o objetivo de lançar, ou melhor, de manter o nome de um produto no mercado. Grandes marcas, por mais que liderem o setor, precisam investir continuadamente em propaganda para não caírem no esquecimento.

Destronada em 14 com a derrota do seu pré-posto Edinho Lobão, e só escapando da lapada de 59,29% a 30,07% nas eleições de 18, o sobrinho deputado estadual imberbe Adriano Sarney, Roseana estava cada vez mais reduzida a dar pitacos nas redes sociais.

Em julho do ano passado, por exemplo, enquanto o Maranhão era o sétimo estado com maior número de casos de Covid (119.262 confirmados e 2.996 óbitos), ela, quatro vezes governadora do estado, incentivava a população a não sair de casa, ensinando uma receita de panqueca!