quinta-feira, 15 de julho de 2021

Lupi vem ao Maranhão para articular em prol de Weverton e Ciro


O presidente do PDT, Carlos Lupi, viajará ao Maranhão na semana que vem para uma visita ao governador Flávio Dino (PSB).

O PDT articula para que Dino apoie o senador Weverton Rocha ao cargo de governador do Maranhão.

No mês passado, Lupi esteve no Piauí e em entrevista a TV Meio Norte, e afirmou que a candidatura de Weverton é irreversível e que ele será candidato ao governo com ou sem o apoio de Flávio Dino. Nos bastidores, circula a informação de que alianças entre o PDT e PSB em outros estados dependerá do desfecho no Maranhão.

A vinda de Carlos Lupi ao Maranhão tem o objetivo de manter o nome de Ciro Gomes forte no campo da esquerda para as eleições do ano que vem, apesar de o presidenciável marcar cada vez mais sua posição ao centro, com ataques tanto a Lula quanto a Bolsonaro.

Outra parte desse plano é fortalecer o PDT nos estados do Nordeste antes mesmo das alianças nacionais serem sacramentadas. Lupi já viajou a pelo menos cinco estados da região para que Ciro possa “ter campo por lá”, segundo o presidente da legenda relatou a interlocutores.

Dino, Lupi e Ciro têm uma relação de proximidade. Em 2015, por exemplo, os três lançaram juntos um manifesto contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Apesar da possibilidade de aliança entre o PDT e o PSB em vários estados, ainda não está definido como os partidos e os atores regionais vão se relacionar na disputa pela presidência. Nesse momento, Dino está mais alinhado a Lula do que a Ciro.

O governador disse em junho que Ciro desempenharia papel mais importante na eleição se ficasse na esquerda e que sua posição no centro “é roupa que não lhe cabe”. A fala ocorreu justamente por ocasião da filiação de Dino ao PSB com a perspectiva da formação de uma aliança em torno da candidatura de Lula. O PDT desde o início marcou posição distante desse movimento.

Lupi tem dito a alguns interlocutores que, a despeito das pesquisas mostrarem pouca chance para a terceira via no ano que vem, Bolsonaro irá desidratar ainda mais até o pleito de outubro, o que alimenta a esperança dentro do partido de um possível embate entre Lula e Ciro Gomes no segundo turno, cenário que, de tão remoto, não foi simulado na pesquisa Datafolha da última sexta. O PDT acredita que as chances de Ciro no segundo turno são maiores contra Lula do que contra Bolsonaro.

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