quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Até quando Deputado irá sustentar o discurso de direita com o coração de esquerda?

Um dos deputados estaduais mais atuantes e propositivo na Assembleia Legislativa do Maranhão nesta Legislatura, o médico Yglésio Luciano Moyses Silva de Souza, do PSB, convive com uma dicotomia.

Ex-filiado do PT (Partido dos Trabalhadores), o parlamentar se elegeu em 2022 pelo PSB, mas por divergências com o ex-secretário de Estado da Comunicação do governo Flávio Dino, Ricardo Cappelli, decidiu abandonar a esquerda, virar à direta e radicalizar, ou melhor, bolsonarizar.

Ao abrir das urnas do ano passado, o deputado médico reeleito com  mais de 42 mil votos declarou apoio ao projeto de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), contrariando o seu partido.

Desde então, o parlamentar conserva posição contrária às bandeiras do seu próprio partido.

A estratégia de Yglésio é forçar uma expulsão e, assim, poder escolher outra sigla para filiar.

Já a tática do PSB é exatamente o contrário: manter o deputado no partido independente do seu posicionamento político, e assim, prender o parlamentar na sigla até abril de 2026.

A divergência entre o deputado e o seu partido tem criado um clima intrigante na política maranhense.

Seja em suas redes sociais ou na tribuna da Assembleia, Yglésio exageradamente critica a posição da sigla, no caso, a esquerda brasileira e, por tabela, as ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Porém, o discurso de Yglésio é um tanto contraditório, isto porque ao ponto que critica o seu próprio partido, o deputado elogia o governador Carlos Brandão (PSB), chefe do Palácio dos Leões e árduo aliado do presidente Lula.

Prova disso é que ontem, terça-feira (15), durante a visita à São Luís do ministro do Turismo do governo Lula, Celso Sabino, Yglésio participou do ato político no Hotel Blue Tree Towers, mas, não fez nenhuma menção em suas redes sociais – para os seus seguidores é como se não tivesse participado do evento.

O deputado também não ficou por muito tempo na cerimônia, saiu à francesa, de fininho, quando o evento tinha acabado de começar.

O fim deste post é a mesma indagação do título: até quando Yglêsio irá sustentar o discurso de direita com o coração esquerda?

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