O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou nesta quarta-feira, 1º, que o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), precisa definir até a próxima semana se continuará no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou se acatará determinação do partido.
“Fufuca terá que fazer uma escolha definitiva entre permanecer como integrante do partido ou manter sua posição no governo até a próxima semana”, declarou em entrevista à CNN.
O senador ressaltou que não cogita expulsar o ministro da legenda, mas que, caso opte por seguir no Executivo, Fufuca perderá o controle do PP no Maranhão. “Eu duvido que ele prefira perder o comando do partido dele do que ficar no governo”, disse.
“Nós anunciamos a proibição dos membros que têm mandato de se afastar desses cargos, em especial o ministro Fufuca e o deputado (Celso) Sabino. O prazo foi dado até a próxima semana. Depois vocês vão ver, com as atitudes que os partidos vão tomar, se isso é pra valer ou não”, afirmou o senador quando questionado sobre a possibilidade de que o desembarque do PP e do União Brasil, que formam a Federação Progressista, não ocorra.
Celso Sabino (União-PA) entregou a carta de demissão ao presidente Lula na última sexta-feira, 26, data limite que havia sido imposta pela legenda, mas segue no cargo.
Ele disse que atuará totalmente alinhado ao governo na Câmara dos Deputados, para onde deve voltar por determinação do União Brasil.
Aceno a Lula
Pressionado por seu partido a deixar o governo, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), fez um aceno ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 1º. Deputado licenciado, ele foi à Câmara ajudar na articulação para aprovar o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, uma das principais apostas do petista para as eleições de 2026.
“Vim para ajudar na bancada”, disse Fufuca à Coluna do Estadão. Mesmo que abandone o cargo na Esplanada, como determinou o PP, ele ainda espera contar com o apoio de Lula para concorrer ao Senado no ano que vem. Além disso, o projeto do IR tem como relator um correligionário do ministro, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
O PP e o União Brasil, que formaram uma federação e pretendem apoiar um candidato da oposição ao Planalto, anunciaram em setembro o desembarque do governo, com a proibição de filiados ocuparem cargos na gestão petista. A decisão afeta Fufuca e o ministro do Turismo, Celso Sabino (União). Até o momento, contudo, os ministros continuam nos cargos.
Nos últimos dias, o PP decidiu que não expulsará Fufuca do partido caso ele decida continuar no governo. Mas o ministro, nesse caso, perderia o comando do diretório regional da sigla no Maranhão.
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