Nos bastidores da política ribamarense, um enredo de poder, traição e constrangimento público vem sendo tecido por dois personagens centrais: o vice-prefeito e a ex-primeira-dama, hoje apontados como protagonistas de um movimento de ruptura e deslealdade política contra o prefeito reeleito democraticamente. O resultado desse jogo tem sido uma sequência de episódios constrangedores que expõem, a cada novo ato, as fissuras provocadas pela busca desesperada por protagonismo e influência.
Tudo começou há algumas semanas, durante o encerramento do tradicional festejo de São José de Ribamar. O vice-prefeito, já rompido com o prefeito, decidiu aparecer de surpresa no evento religioso. Sua chegada provocou um verdadeiro rebuliço nos bastidores. Assim que ele foi visto, o prefeito e os vereadores aliados preferiram se retirar do local. De um lado, o vice, a esposa e a ex-primeira-dama; do outro, o silêncio constrangedor de quem não quis dividir o mesmo espaço com quem escolheu o caminho da traição política.
Mas o caso não parou por aí.
O episódio mais recente ocorreu durante o Círio de Nazaré, no bairro Cohatrac, em São Luís. Lá estavam novamente o vice e a ex-primeira-dama, juntos e em público, em um evento religioso marcado por uma cena que rapidamente ganhou comentários. No momento das homenagens, o cerimonial anunciou “a presença da primeira-dama representando o prefeito”, detalhe: o casal está separado. A situação beirou o absurdo quando o vice, ignorado na apresentação, precisou solicitar que seu nome fosse mencionado. O constrangimento foi inevitável.
Por trás dessa sequência de aparições, cresce a suspeita de um conchavo político entre o vice e a ex-primeira-dama, forjado durante a disputa pela presidência da Câmara Municipal. Segundo informações de bastidor, o acordo teria nascido com o único propósito de tentar enfraquecer o grupo político do prefeito reeleito, um plano alimentado por ambição, vaidade e o desejo de poder.
Como se o enredo não bastasse, o episódio ganhou um novo ingrediente.
Quem também marcou presença foi a tia da ex-primeira-dama, uma deputada estadual que recentemente foi citada em um caso de desvio de R$ 400 mil em emendas parlamentares. A coincidência de presenças chamou atenção e reforçou a percepção de que a teia de alianças políticas e familiares que orbita o vice e sua nova parceira de cena não é apenas circunstancial, mas estratégica.
O vice, antes discreto e respeitado, parece agora preso ao próprio jogo de intrigas que criou.
Tenta se manter relevante, mas acumula gestos públicos que mais revelam fragilidade do que força.
Enquanto isso, o prefeito, legitimado nas urnas e com respaldo popular, segue trabalhando, amparado por uma base sólida e pelo apoio de quem prefere o diálogo à deslealdade.
No tabuleiro ribamarense, o tempo se encarrega de expor quem joga pelo bem coletivo e quem move as peças apenas para si.
E como em toda trama política, o próximo capítulo pode ser o mais revelador de todos.
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