domingo, 11 de julho de 2021

Ministro do STF critica Omar Aziz e diz CPI age como palco para de 2022


O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que teve a aposentadoria confirmada pelo Diário Oficial desta sexta-feira (9), criticou a CPI da Covid no Senado. O decano criticou o presidente do colegiado Omar Aziz, e disse que a comissão “age como palco para as eleições de 2022”.

O ministro do STF foi questionado sobre o embate entre as Forças Armadas e o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM).

“Eu penso que ele [Aziz] ultrapassou uma linha que não poderia ultrapassar. Toda generalização é péssima. Ele mexeu com casa de marimbondo. A pessoa tem que ter temperança, limites. Se colocarmos em dúvida, como já colocamos em dúvida o Judiciário, aí é o fim. Realmente é o fim. Não podemos enfraquecer as instituições”, disse o decano ao Valor.

“Eu não vi a nota. Mas as Forças Armadas integram o Estado, não o governo. Muito embora os comandantes sejam escolhidos pelo presidente da República. Mas, nem por isso ele consegue cooptar as Forças Armadas. As Forças Armadas devem defender o estado democrático de direito. Uma virada de mesa a essa altura é impensável. A democracia veio para ficar”, acrescentou.

CPI palco para as eleições de 2022
“Está um disco arranhado. Eu já cansei. Só estão aparecendo fatos conhecidos. Eles vão apresentar um relatório, o relatório será encaminhado ao titular de uma possível ação penal, que é o Ministério Público, e veremos o que dará. Agora, não pode a CPI servir unicamente como plataforma política para os integrantes se credenciarem junto aos eleitores. Acabam se desgastando. Eu estou percebendo a CPI, a esta altura, como um palco, como um palanque visando as eleições em 2022”, disse Marco Aurélio Mello .

3 comentários:

  1. O Presidente da CPI está fazendo apenas o seu trabalho, agora a crítica feita pelo o ex ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Melo ao Presidente da CPI em nada contribui já que o presidente da CPI fez menção às suas críticas apenas aos membros das forças armadas que não honra a farda que veste e pior ainda é saber que o comande do exército nada faz para engrandecer o nome das forças armadas, para que haja o reconhecimento de todos os brasileiros e brasileiras de bem deste país a esta instituição tão importante para o País.

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  2. O comentário do ex-ministro tem fundamentos e precisão de alguém que sabe o que está falando. Ele é conhecedor das leis que regem o país.
    O senador em aludido deveria realmente se conter nos seus pensamentos que são verbalizados conta um corpo que está acima dos poderes constituídos, as Forças Armadas, pois são elas o motivo de uma existência democrática no Brasil.
    Não fossem as suas ações no decorrer de mais de um século de República, o Brasil seria apenas uma enorme província cubana, não um próspero pais, capaz de alimentar 1/6 da humanidade.
    Temos respeito pelos militares e venenos a eles a nossa liberdade e soberania. Apesar de terem, por quase duas décadas, sido praticamente anulados pelos chamados "governos democráticos".
    Hoje o país pode, de norte a sul, se manifestar com liberdade sobre tudo e todos, independentemente de cargos ou funções que exerçam.
    Criticar é normal e natural, agora, fazer ameaças é comprometedor.

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  3. ex ministro do Supremo Tribunal Federal Marcos Aurélio de Mello

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