Por Leon Gusmán
Bem-vindos ao tragicômico desastre do EducaPaço, o programa que jurou transformar Paço do Lumiar numa utopia educacional, mas entregou um circo mambembe sem lona, sem palhaços e, pasmem, sem plateia! Um show de horrores que faz o Titanic parecer uma aventura bem-sucedida.
Com fanfarra digna de blockbuster hollywoodiano, o EducaPaço foi parido como um monstro de Frankenstein: costurado com promessas megalomaníacas, sem pulso, sem coração e, pior, sem um pingo de competência.
Ousadia? Isso tinham aos montes. Pena que ousadia sem execução é como tentar ensinar física quântica a uma mula teimosa.
Em uma das frentes de comando desse circo, está a besta-fera, o 666, o ilustre "Lúci-fer", um maestro do caos que parece ter tirado seu MBA em piromania administrativa numa escola de fundo de quintal. Seu currículo? Um cemitério de projetos educacionais carbonizados, onde nem o mais fervoroso milagre faria brotar uma única lição. E, vejam só, ele ainda conduz o EducaPaço com a finesse de um rinoceronte num ateliê de porcelana!
Nesse espetáculo de amadorismo, encontrar um educador com credenciais reconhecido pelo mundo educacional é como procurar uma agulha num palheiro em chamas. O elenco? Um desfile de improvisos. Eu propriamente só conheço um amador que deu certo, Amador Aguiar, o lendário fundador do Bradesco. Afinal, amadorismo só funciona quando vem com genialidade, e aqui, meus amigos, o que sobra é descalabro, gente que não consegue juntar B com A.
A grande "sacada" do EducaPaço? Inflar matrículas como quem enche bexigas numa festa infantil mal planejada. Criaram um tal de "contra-turno", apelidado de "escola de tempo integral", mas é puro embuste: um Fusca maquiado de Ferrari, onde os alunos passam mais tempo esperando o ônibus do que aprendendo algo que sirva para a vida.
Gestão? Um samba do crioulo doido onde até um monitor (Paranã-ense) do transporte escolar se acha no direito de palpitar sobre currículo educacional, enquanto a SEMED, coitada, faz malabarismos para fingir que sabe o que está fazendo. A LDB? Um enigma cabalístico. O Plano Municipal de Educação? Uma lenda urbana. A BNCC? Provavelmente pensam que é o nome de uma 'boyband' da moda.
A qualidade educacional? Um mergulho vertiginoso que desafia a gravidade. Pais, em pânico, correm para escolas de reforço particulares, porque o EducaPaço transformou o aprendizado num esporte de alto risco: só sobrevive quem tem nervos de aço e bolso fundo.
E a infraestrutura? Ônibus lotados saem de Cidade Verde rumo ao Clube da Assembleia, carregando mais caroneiros que alunos, num desfile de desperdício que faria qualquer contribuinte arrancar os cabelos. Sugestão? Transformem esses ônibus num "Grande Circular Luminense" gratuito, porque, pelo menos, dariam alguma utilidade ao fiasco educacional.
Em Paço do Lumiar, a educação atingiu outro patamar: sem livros, sem professores, mas com prédios alugados a preços que fariam um corretor de imóveis corar de inveja. Ex-prefeitos e ex-candidatos a vereador transformaram a educação num balcão de negócios, onde o lucro é garantido, com a locação dos seus imóveis, com reformas feitas com dinheiro público, mas o aprendizado é uma mera sugestão.
Nem a estrela dalva (com 5 mil raio$ reluzentes), nem um milagre divino, ou com a ajuda de "Lúci-fer", nem Brandão, nem o queridinho do momento - Orleões, nem mesmo um super-herói da Marvel conseguiria salvar o EducaPaço desse naufrágio épico.
Paço do Lumiar sonhava com um projeto educacional de verdade, mas ganhou um circo de quinta categoria, onde a única lição é cristalina: prometer é moleza, entregar é que é o inferno.
E, para jogar sal na ferida, a Prefeitura teve a brilhante ideia de entregar a direção das escolas a Policiais Militares e Bombeiros, que, com astúcia de raposa, criam associações de pais e malharias com o único propósito de sugar até o último centavo dos bolsos dos luminenses. Esses senhores de fardas azuis e laranjas, que Deus os tenha, não entendem patavina de educação ou de gerenciar receitas de associações. Por quê? Simples: foram treinados para marchar em formação e obedecer ordens, não para liderar salas de aula ou fomentar mentes curiosas. É como colocar um eletricista para fazer cirurgia cardíaca! Não faz parte da práxis militar a busca de conhecimentos, seja ele de qualquer natureza científica.
As escolas militarizadas são um retrocesso de proporções bíblicas. Um soco no estômago do desenvolvimento integral dos alunos, promovendo uma disciplina de quartel que esmaga a criatividade e enterra o pensamento crítico.
Desigualdades? Essas florescem como ervas daninhas, enquanto o EducaPaço rega o terreno com promessas ocas e regalias para os apadrinhados. EducaPaço é um circo onde o palhaço chora, o trapezista despenca e o público – os alunos e suas famílias – paga o preço de um ingresso para o nada.
Excelente texto, narração perfeita das aberrações que sempre estão as voltas nesse município.
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