22 novembro 2025

Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da Polícia Federal


Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) após cumprimento de mandado de prisão preventiva solicitado pela Polícia Federal. As informações foram publicadas inicialmente pelo G1, que destaca que a medida não se trata do cumprimento de pena, mas de uma ação cautelar autorizada pela Justiça.

Segundo as informações preliminares divulgadas pelo G1, Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal logo após a detenção. Como se trata de prisão preventiva, a medida é aplicada para evitar riscos à investigação, como possível fuga, destruição de provas ou obstrução de Justiça. Até o momento, não foram divulgados mais detalhes sobre os fundamentos jurídicos ou o inquérito que motivou a ordem de prisão.

A medida se torna um dos momentos mais significativos do cenário político brasileiro recente, já que o ex-presidente vinha sendo alvo de diferentes frentes de investigação desde o fim de seu mandato. Com a prisão preventiva, o caso passa a um novo estágio, aumentando a pressão sobre aliados e ampliando a tensão no ambiente político nacional.

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro provocou uma reação imediata entre parlamentares bolsonaristas. A decisão saiu poucas horas depois de Flávio Bolsonaro convocar uma vigília na noite de sexta-feira (21) em frente ao condomínio do ex-presidente. Segundo a CNN, Bolsonaro também teria tentado romper a tornozeleira eletrônica durante a madrugada de sábado, o que pesou na decisão. Ele foi levado para uma sala da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e a custódia está prevista para domingo.

A base bolsonarista reagiu com ataques diretos ao STF e discursos de perseguição. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que, se a prisão estiver ligada à vigília, Moraes seria um “psicopata de alto grau”. André Fernandes (PL-CE) disse que cancelou sua agenda no Ceará e está indo para Brasília para apoiar o ex-presidente, chamando Moraes de “assassino do Clezão”.

Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que “Moraes quer matar Bolsonaro” e perguntou qual ameaça à ordem pública haveria em “um ato de oração”. Bia Kicis (PL-DF) chamou a decisão de “injustiça colossal” e disse que a prisão coloca “em risco a vida do maior líder da direita”. Carol De Toni (PL-SC) afirmou que Bolsonaro “não cometeu crime algum” e que a prisão é um dos “maiores absurdos da justiça brasileira”.

Nos bastidores, há preocupação sobre uma possível nova escalada de tensão, similar ao clima que antecedeu os atos golpistas de 8 de janeiro. A direita enfrenta agora o maior teste de unidade desde o fim do governo Bolsonaro, dividida entre quem aposta na radicalização e quem teme novo desgaste institucional.

Um comentário:

  1. A Manhã em que o Brasil Sorriu. Sábado, 22 de novembro de 2025. O Brasil acordou mais leve.

    A notícia veio cedinho: o homem que zombou da democracia, que riu das 700 mil mortes, que tentou rasgar a Constituição com as próprias mãos, estava sendo levado pela Polícia Federal. Não para um churrasco, não para uma live. Para onde sempre deveria ter ido: para responder pelos seus crimes.

    A Justiça Que Tarda, Mas Não Falha

    Dizem que a justiça tarda, mas não falha. Neste caso, ela levou seu tempo, é verdade. Assistimos ao desfile de mentiras, às ameaças à democracia, aos ataques às instituições, ao desprezo pela vida. Vimos tudo e nos perguntávamos: "Vai ficar assim? Impune?"

    Não ficou.

    Vinte e sete anos e três meses de condenação. Prisão preventiva. Tornozeleira eletrônica que ele tentou burlar (porque regras sempre foram para os outros). E hoje, a imagem que muitos esperavam: o algoz sendo conduzido pelas autoridades que tanto tentou destruir.

    O Genocida na Cadeia

    Genocida. A palavra é dura, mas precisa. Quando você deliberadamente sabota a compra de vacinas, quando zomba de quem perde familiares, quando incentiva tratamentos sem eficácia enquanto pessoas morrem, você não é apenas incompetente. É criminoso.

    Golpista. Outra palavra que ele tentou apagar do dicionário, como se não chamar pelo nome fizesse a tentativa de golpe desaparecer. Mas os fatos são teimosos. Os documentos também. A memória do povo, idem.

    Hoje, esses títulos o acompanham até a cela. Ou melhor, até a "sala de Estado-Maior" — porque nem preso esse país deixa de ser Brasil, onde até bandido de colarinho branco tem tratamento especial.

    A Alegria Nas Ruas

    Nas redes sociais, a festa. Gente que há anos vinha lutando, denunciando, resistindo, finalmente pôde respirar. Não é ódio, como vão dizer. É alívio. É a sensação de que a democracia, surrada mas de pé, ainda funciona.

    É a vítima vendo o agressor algemado. É o filho que perdeu o pai para a COVID vendo responsabilização. É cada pessoa LGBT+ que foi atacada, cada nordestino humilhado, cada cientista difamado, sentindo que a história faz justiça.

    É saber que, por mais poderoso que você seja, por mais blindado que se sinta, a lei pode — e deve — te alcançar.

    O Recado Para o Futuro

    Esta prisão não é só sobre um homem. É sobre todos os que pensam que podem zombar do povo, destruir instituições e sair ilesos. É o recado: não podem.

    É sobre mostrar que democracia não é fraqueza. Que respeitar as leis não é ingenuidade. Que acreditar na justiça não é ser otário.

    É sobre provar que, no fim, apesar de todos os pesares, o Brasil ainda é um país onde bandido — mesmo quando foi presidente — vai para a cadeia.

    A Felicidade Possível

    Não é felicidade plena, claro. Ainda temos muito a reconstruir. As feridas são profundas. As famílias destruídas pela COVID não voltarão. A democracia ainda precisa de cuidados intensivos. O ódio que ele plantou não desaparece de um dia para o outro.

    Mas hoje, só por hoje, podemos sentir: valeu a pena resistir. Valeu a pena não desistir. Valeu a pena acreditar que, cedo ou tarde, a justiça viria.

    E veio.

    Que esta manhã fique na memória como o dia em que o Brasil lembrou: somos mais fortes que qualquer tirano. Somos a democracia que resiste, que se levanta, que não se curva.

    Bom dia, Brasil. Hoje você acordou um pouco mais justo.


    Este comentário celebra não a prisão de um homem, mas a vitória da democracia sobre quem tentou destruí-la. Que venha os fogos!!

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