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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Assembleia homenageia membros do Ministério Público do Maranhão


A Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu, nesta sexta-feira (17), no Plenário Nagib Haickel, sessão solene para entrega da Medalha Manuel Beckman ao procurador-geral de Justiça, Danilo José de Castro Ferreira; ao promotor de Justiça e assessor especial da Procuradoria-Geral de Justiça, Reginaldo Carvalho; e ao promotor de Justiça titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís, Ednarg Fernandes Marques.

A outorga da Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman à Danilo José de Castro é oriunda do Projeto de Resolução Legislativa 132/2024, de autoria do deputado Neto Evangelista (União), por meio da Resolução Legislativa 1.358/2025.

A cerimônia foi comandada pela presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale (PSB), e foi prestigiada pelos deputados Neto Evangelista (União) e Janaína (Republicanos). Participaram do ato solene autoridades, convidados, servidores do Ministério Público, amigos e familiares dos homenageados.

A chefe do Legislativo Estadual destacou que os homenageados fazem da justiça um instrumento de esperança e que o Maranhão se orgulha de suas trajetórias de servidores do povo maranhense.

Reconhecimento e gratidão

“Hoje, a Assembleia celebra a trajetória de maranhenses que fazem da justiça um instrumento de esperança. O Ministério Público pode sempre contar com a parceria institucional da Assembleia Legislativa do Maranhão. O Maranhão se orgulha de cada um de vocês, e que esta medalha seja lembrada como símbolo de uma missão que continua, que é justamente servir com ética, compromisso e com humanidade, principalmente”, afirmou.

Na saudação aos homenageados, os autores das proposições destacaram a trajetória e a contribuição de cada um para o aperfeiçoamento e fortalecimento do Ministério Público, do Sistema de Justiça e o desenvolvimento do Maranhão.

A deputada Janaina destacou a contribuição dos agraciados para a promoção da justiça e o desenvolvimento do Maranhão.

“Celebramos trajetórias e serviços públicos marcados pelo compromisso com a justiça e o fortalecimento das instituições democráticas”, frisou a deputada.

Neto Evangelista disse que a Assembleia Legislativa presta um justo reconhecimento ao trabalho de três ilustres membros do MPE, que fazem a sociedade acreditar na justiça e na defesa dos direitos dos cidadãos.

“Esta Casa, por unanimidade, os reconhece por suas atuações serenas e responsáveis e pela entrega que fazem à sociedade maranhense, diuturnamente, na luta permanente em defesa dos interesses coletivos e individuais”, assinalou.

Compuseram a mesa de honra da cerimônia, além da presidente da Assembleia, a desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ/MA), representando o presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho; o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA), conselheiro Daniel Brandão; os homenageados Danilo Castro, Reginaldo Carvalho e Edgard Fernandes Marques; o corregedor da Ordem dos Advogados do Maranhão (OAB/MA), Ivaldo Prado; a defensora pública Cristiane Marques, representando o Procurador-Geral do Estado, Gabriel Furtado; os deputados Neto Evangelista (União) e Janaina (Republicanos) e o presidente da Associação do Ministério Público do Maranhão, Carlos Augusto Soares.


Agradecimentos

Os homenageados agradeceram a iniciativa da Assembleia Legislativa em agraciá-los com a mais alta comenda do Poder Legislativo Estadual, a Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman.

“Recebo essa honraria com profunda emoção e elevado senso de dever, a Medalha Manuel Beckman. Essa distinção me alegra e, sobretudo, me convoca porque ao reconhecer o trabalho de um promotor de justiça, servidor da sociedade, ela enaltece a própria missão do Ministério Público”, assinalou o promotor Ednarg Marques.

“Receber a medalha Manuel Beckman é uma honra que ultrapassa o plano pessoal. Representa o reconhecimento de uma trajetória que tem sido acima de tudo um compromisso ininterrupto com o serviço público, a justiça e a sociedade maranhense”, afirmou o promotor Reginaldo Carvalho.

“Recebo como um presente e um reconhecimento que se insurge contra as injustiças. É algo singular e que guardarei com o maior carinho do mundo. Fico muito honrado com tamanha honraria”, afirmou o procurador-geral de Justiça Danilo Castro.

Danilo de Castro tem 32 anos de atuação no Ministério Público do Maranhão (MP-MA). Começou sua trajetória como promotor de Justiça pela Comarca de Passagem Franca, em março de 1992; em seguida, foi titularizado na Promotoria de Justiça de São João Batista.

Atuou, também, nas comarcas de Paraibano, São Bento, Lago da Pedra, Viana e Codó, de onde foi promovido, em fevereiro de 1997, para a Comarca de São Luís. Na capital, atuou nas Promotorias de Justiça de Execução Penal, de Combate à Violência Doméstica Contra a Mulher, na 5ª e 21ª Promotorias Cíveis e na 5ª Promotoria de Justiça Especializada de Probidade Administrativa, onde permaneceu até sua promoção a procurador de Justiça.

Já a outorga da Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman ao promotor de Justiça Reginaldo Júnior Carvalho é oriunda do Projeto de Resolução Legislativa 036/2025, de autoria da deputada Janaina, Resolução Legislativa 1.392/2025.

Reginaldo Carvalho exerce o cargo, atualmente, de assessor especial da Procuradoria-Geral de Justiça. Ele ingressou no MP-MA em março de 2003, na comarca de Turiaçu. Posteriormente, atuou na Comarcas de Olho D’Água das Cunhãs e Lago da Pedra e na 2ª Promotoria de Justiça de Itapecuru-Mirim.

Destacou-se pela participação ativa em diversos Tribunais do Júri, notadamente na Comarca de Bacabal, onde também promoveu audiências públicas na área da educação, voltadas à organização e fortalecimento das atividades da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), cujo funcionamento local se consolidou como resultado direto dessas iniciativas.

Atualmente, é titular da 30ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís, como o 6º Promotor do Tribunal do Júri, mas no momento está à disposição da Administração Superior exercendo a função de Coordenador da Assessoria de Investigação do Procurador-Geral de Justiça.

Por sua vez, outorga da Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman ao promotor de Justiça Ednarg Fernandes Marques é oriunda do Projeto de Resolução Legislativa 060/2025, de autoria do deputado Adelmo Soares (PSB), e Resolução Legislativa nº 1.401/2025.

Ednarg Marques tem 32 anos de efetivo exercício no Ministério Público do Maranhão. Atualmente, é titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís. Exerce, ainda, a função de diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais da Procuradoria-Geral de Justiça.

Ingressou no MP-MA em 1992 e atuou em diversas comarcas do interior e da capital, com atribuições nas áreas criminal, infância e juventude, consumidor, meio ambiente, patrimônio público e moralidade administrativa.

Já exerceu cargos estratégicos na Administração superior do MPMA, como assessor especial da Procuradoria-Geral de Justiça e coordenador de Centros de Apoio Operacional. É pós-graduado em Ciências Penais, Direito Anticorrupção, Gestão e Governança no Ministério Público e Direito e Sociedade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Oposição apresenta pedido de impeachment de Flávio Dino e Alexandre de Moraes


A oposição no Congresso Nacional apresentou nesta quarta-feira (15) dois pedidos de impeachment contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O primeiro, assinado por dez senadores, pede o afastamento de Flávio Dino. O segundo, que tem a assinatura de 90 deputados federais, é um novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes.

A decisão de colocar os temas na pauta é do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), que já recebeu outros pedidos semelhantes e até aqui não tem demonstrado disposição em avançar com o assunto.

Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), o impeachment contra Dino se justifica por “participação em eventos políticos, violação à liberdade de expressão, conflito de interesses e extrapolação de competência na ADPF 1178 [que afastou eficácia automática de leis estrangeiras no Brasil]”.

“Estamos entrando com mais um pedido de impeachment de ministro do Supremo. Não vamos deixar de cumprir o nosso dever, mesmo diante de uma inércia da Casa revisora da República de sequer colocar para o plenário deliberar. Temos mais de 70 pedidos de impeachment”, afirmou Girão.

Segundo o senador, o pedido contra Dino tem quatro pilares. O primeiro é a participação dele em eventos políticos, ou seja, o magistrado teria praticado atividade político-partidária. Girão citou a indicação feita pelo ministro para uma futura chapa na disputa pelo governo do estado do Maranhão nas eleições de 2026.

Em relação à liberdade de expressão, Girão cita a decisão de Dino, de novembro de 2024, de retirar quatro obras jurídicas de circulação que teriam conteúdo homofóbico, preconceituoso e discriminatório direcionado à comunidade LGBTQIA+.

O terceiro é o vício de imparcialidade e conflito de interesses, por ele ser relator de um inquérito que investiga o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, no caso da compra de 300 respiradores durante a pandemia de covid-19 que nunca foram entregues.

E o último pilar é a extrapolação de competência na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1.178, por o ministro ter “esclarecido” que “leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares não produzem efeitos em relação a pessoas naturais por atos em território brasileiro“.

Ex-ministro de Lula, Dino também é responsável pela relatoria de investigações relacionadas a emendas parlamentares.

Mais tarde, durante a sessão no plenário, Girão comunicou Alcolumbre sobre o pedido de impeachment contra Dino e cobrou informação sobre outro pedido, feito há mais de um ano, em relação a Alexandre de Moraes.

No novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, apresentado nesta quarta, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) citou a informação divulgada na sexta-feira (10) pelo Departamento de Alfândega e Imigração do governo dos EUA de que Filipe Martins não entrou no país no final de 2022.

Ex-assessor de Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins é réu no processo da trama golpista que tramita no STF e uma suposta viagem dele aos EUA foi usada por Alexandre de Moraes como principal fundamento para mantê-lo preso durante seis meses em 2024. (Folha)

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Prefeito Kedson, de Aldeias Altas, declara apoio à pré-candidatura de Hilton Gonçalo ao Senado


O prefeito de Aldeias Altas, Kedson Araújo (PL), oficializou na terça-feira, 14 de outubro, apoio à pré-candidatura de Dr. Hilton Gonçalo ao Senado Federal, reforçando o movimento de lideranças municipais que têm se unido em torno do nome do médico e ex-prefeito de Santa Rita.

O prefeito Kedson é ligado ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), uma das principais lideranças políticas do estado.

Durante o encontro, o prefeito destacou que sua escolha foi motivada pela experiência administrativa e credibilidade de Hilton Gonçalo, que exerceu quatro mandatos como prefeito de Santa Rita, com uma gestão marcada por obras estruturantes, avanços sociais e geração de emprego e renda.

“Hilton é um gestor que tem resultados comprovados. Sua trajetória mostra compromisso com o desenvolvimento do Maranhão e sensibilidade para compreender as necessidades dos municípios”, afirmou Kedson.

Com a adesão de Aldeias Altas, Hilton Gonçalo já reúne o apoio de mais de 20 prefeitos maranhenses, consolidando-se como um dos nomes mais fortes na disputa por uma das vagas do Senado em 2026.

Preso por ameaçar Alexandre de Moraes em 2022, Sarneyzinho do Maranhão pode voltar para a cadeia


O ministro Alexandre de Moraes abriu prazo de cinco dias para que a defesa de Antônio José Santos Saraiva, conhecido como “Sarneyzinho do Maranhão”, explique o descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF que possibilitaram sua soltura condicional, mediante uso de tornozeleira eletrônica. A resposta ao despacho deve ser apresentada até sexta-feira (17).

Ao ser colocado em liberdade provisória, em março do ano passado, “Sarneyzinho” deveria permanecer em casa no período noturno e nos finais de semana, além de utilizar corretamente o monitoramento eletrônico. Na ocasião, o ministro alertou que qualquer descumprimento implicaria “na decretação imediata da prisão preventiva”.

Em 2022, “Sarneyzinho” foi preso após um vídeo viralizar nas redes sociais, onde o homem chegou a afirmar ter contratado homens para “assassinar, fuzilar e executar” o ministro Alexandre de Moraes, e disse que “meus homens já estão te circundando aí, eu coloquei meus homens na sua cola para te executar”. As ameaças motivaram repercussão nacional e levaram à expulsão do acusado do PSDB, por onde tentou carreira política.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Indicado de deputado do MA que votou contra governo Lula é demitido da Superintendência de Agricultura


Mais um indicado de deputado federal do Maranhão perdeu o cargo federal. Depois de Lena Brandão, irmã do deputado Pedro Lucas Fernandes (União), foi a vez de Wellington Reis, que estava na superintendência de Agricultura e Pesca do Maranhão por indicação do parlamentar maranhense Josivaldo JP (PSD). Assim como Pedro Lucas, Josivaldo votou contra medida provisória do governo federal sobre taxação de setores da economia como bancos e bets.

A posse de Wellington Reis Sousa foi em junho de 2023. Na ocasião, o PSD negociava cargos federais em todo o Brasil para compor com o governo Lula. Como deputado, JP acabou indicando Reis. Na época, por ser pré-candidato a prefeito de Imperatriz, Josivaldo chegou a dar ao seu suplente de deputado (e ex-deputado federal, Edilázio Júnior) a autoria da indicação.

Ele assim fez porque se colocava como representante do campo política da direita e não queria ter ligação com o governo Lula na ocasião devido ao pleito municipal.

Mas a indicação foi do deputado maranhense Josivaldo JP e por votar contra o governo na Câmara perdeu o espaço de seu indicado.

Além de Wellington Reis, Lena Brandão também foi demitida do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan) do Maranhão. Ela é irmão do deputado Pedro Lucas Fernandes (União), que votou pela derrota do governo Lula na Câmara.

Há a possibilidade de nova demissão. Desta vez, do indicado de Marreca Filho (PRD), que também votou contra o governo na Medida Provisória.

Ele tem a indicação de Cysne Aderaldo na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Maranhão.

Demissões em cargos federais

4 superintendências do Ministério da Agricultura;

1 diretoria do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes);

3 regionais da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba);

1 superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional);

2 vice-presidência da Caixa Econômica Federal (CEF).

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Deputado pede a exoneração do marido de Eliziane Gama do SGB


O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) informou que irá protocolar uma ação popular com o objetivo de anular a nomeação do atual presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Cavalcante Melo, e exonerá-lo do cargo. O parlamentar alega haver fortes indícios de lesão ao patrimônio público e violação ao princípio da moralidade administrativa, após revelações de gastos irregulares com hospedagens e alimentação em cidades litorâneas do país.

“Vou entrar com ação popular nisso para exonerar o diretor-presidente da estatal”, declarou.

De acordo com notas fiscais obtidas pela coluna, filhos de Inácio Cavalcante hospedaram-se em hotéis em Florianópolis (SC) e Maceió (AL) com despesas pagas pela estatal. O dirigente foi indicado ao cargo por sua então esposa, a senadora Eliziane Gama (PSD).

– Hotéis e camarão flambado

Em Florianópolis, uma nota fiscal registrou diária de R$ 3.667 em uma suíte executiva, além de taxa de hospedagem de R$ 91,66, totalizando R$ 3.758,68. Já em Maceió, no Hotel Brisa Suítes, as diárias somaram R$ 4.665 para três hóspedes — Melo e dois filhos.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

André Fufuca e a arte de ser camaleão por conveniência política


Podemos dizer que André Fufuca, ministro do Esporte e deputado federal licenciado é um político que se adapta às circunstâncias, mudando de posições conforme o momento político, o que justifica o termo “camaleão”. Em um evento na noite desta segunda-feira (6) em Imperatriz, o maranhense reafirmou apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um gesto que, para muitos, não passa de mais uma troca de cor do camaleão do Progressistas.

Em discurso diante do próprio Lula, Fufuca fez uma autocrítica sobre as eleições de 2022 dizendo ter “errado” ao apoiar Jair Bolsonaro (PL). Mas o arrependimento soa conveniente, já que o PP, seu partido, decidiu deixar o governo petista e o ministro precisa manter o pé em Brasília, de preferência dentro do ministério ou, no mínimo, com alguém de confiança ocupando seu lugar.

O político que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff agora elogia Lula e fala em diálogo e estabilidade. É o mesmo filme de sempre, só com o figurino trocado. Fufuca já entendeu que, na política brasileira, sobrevive quem muda de cor conforme o ambiente, e nisso ele é mestre.

Nos bastidores, o ministro se movimenta para emplacar um aliado no comando do Esporte antes de deixar o cargo, ele sabe que fora do ministério fica difícil ter fôlego para sua pré-candidatura ao Senado em 2026.

O curioso é que Fufuca parece ter incorporado de vez o papel de Fufucão, uma mistura de Fufuca com camaleão. Ele observa o cenário, calcula o vento e muda de lado sempre que sente que o terreno vai afundar.

Em suma, a política maranhense, como tantas outras, é um palco onde os atores mudam, mas o roteiro permanece o mesmo. Os camaleões continuarão a circular pelos corredores do poder, mas cabe a nós, eleitores, decidir se queremos continuar aplaudindo esse espetáculo ou se, finalmente, vamos exigir uma mudança real, com políticos que tenham princípios e que sejam verdadeiramente comprometidos com o bem-estar da população.

Por SLZMA

Dr. Julinho entrega Cartão EJA e reforça compromisso com a educação em São José de Ribamar

O prefeito de São José de Ribamar, Dr. Julinho (PODEMOS), participou nesta segunda-feira (06), da solenidade de entrega do Cartão EJA, realizada no Complexo Educacional CURIAR Bilíngue, localizado no Nova Terra.

O programa é uma iniciativa da Prefeitura, por meio das secretarias SEMAS e SEMED, e tem como objetivo valorizar os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecendo um benefício de R$ 150,00 que incentiva a permanência na escola e contribui para o fortalecimento da economia local.

Durante o evento, Dr. Julinho destacou a importância do investimento na educação como ferramenta de transformação social: “Educar é abrir portas para o futuro. O Cartão EJA é mais do que um incentivo financeiro, é um gesto de valorização, de esperança e de oportunidade para quem decidiu retomar os estudos. Esse programa mostra que acreditamos no poder da educação como instrumento de transformação social. Cada aluno que volta a estudar representa uma nova história sendo escrita, um sonho sendo reconstruído. E é esse o papel da nossa gestão criar caminhos para que todos tenham chance de crescer e conquistar um futuro melhor”, ressaltou o prefeito.

A secretária municipal de Educação, Concita Leite, também enfatizou o impacto positivo da iniciativa para os alunos e toda a rede municipal: “O Cartão EJA representa um novo estímulo para nossos estudantes. Mais do que um benefício, ele é um incentivo para que cada aluno permaneça firme no propósito de aprender e transformar sua realidade. A educação em São José de Ribamar é construída com acolhimento, oportunidades e respeito à história de cada pessoa que escolhe recomeçar pelos estudos”, afirmou a secretária.

A solenidade contou com a presença de secretários municipais, vereadores , educadores, estudantes e representantes da comunidade, que celebraram juntos mais um avanço para a educação ribamarense.

Com o Cartão EJA, a Prefeitura reafirma seu compromisso com a educação inclusiva e transformadora, garantindo mais dignidade e oportunidades para os alunos da rede municipal.

domingo, 5 de outubro de 2025

Aliados de Lula avaliam que chapa Tarcísio-Michelle é risco para petista em 2026

A possibilidade de uma chapa encabeçada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e tendo como vice a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é vista como competitiva e um risco à reeleição de Lula, segundo avaliação de aliados do petista.

A chapa teria recebido o aval de Jair Bolsonaro, de acordo com pessoas próximas do ex-presidente. No entanto, ainda enfrenta incertezas, entre elas a resistência de Tarcísio em concorrer ao Planalto, abrindo mão de uma reeleição praticamente assegurada no estado de São Paulo.

A avaliação é que Tarcísio conseguiria atrair a Faria Lima e o centrão em torno de sua candidatura, enquanto Michelle garantiria os votos de bolsonaristas.

Aliados de Lula afirmam que, apesar de a dupla ser forte nas urnas, o presidente ainda é favorito, principalmente por estar surfando numa onda positiva e vislumbrar a possibilidade de algumas medidas, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais, começarem a vigorar no ano eleitoral.


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Ciro Nogueira afirma que André Fufuca terá que optar entre PP e governo Lula

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou nesta quarta-feira, 1º, que o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), precisa definir até a próxima semana se continuará no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou se acatará determinação do partido.

“Fufuca terá que fazer uma escolha definitiva entre permanecer como integrante do partido ou manter sua posição no governo até a próxima semana”, declarou em entrevista à CNN.

O senador ressaltou que não cogita expulsar o ministro da legenda, mas que, caso opte por seguir no Executivo, Fufuca perderá o controle do PP no Maranhão. “Eu duvido que ele prefira perder o comando do partido dele do que ficar no governo”, disse.

“Nós anunciamos a proibição dos membros que têm mandato de se afastar desses cargos, em especial o ministro Fufuca e o deputado (Celso) Sabino. O prazo foi dado até a próxima semana. Depois vocês vão ver, com as atitudes que os partidos vão tomar, se isso é pra valer ou não”, afirmou o senador quando questionado sobre a possibilidade de que o desembarque do PP e do União Brasil, que formam a Federação Progressista, não ocorra.

Celso Sabino (União-PA) entregou a carta de demissão ao presidente Lula na última sexta-feira, 26, data limite que havia sido imposta pela legenda, mas segue no cargo.

Ele disse que atuará totalmente alinhado ao governo na Câmara dos Deputados, para onde deve voltar por determinação do União Brasil.

Aceno a Lula

Pressionado por seu partido a deixar o governo, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), fez um aceno ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 1º. Deputado licenciado, ele foi à Câmara ajudar na articulação para aprovar o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, uma das principais apostas do petista para as eleições de 2026.

“Vim para ajudar na bancada”, disse Fufuca à Coluna do Estadão. Mesmo que abandone o cargo na Esplanada, como determinou o PP, ele ainda espera contar com o apoio de Lula para concorrer ao Senado no ano que vem. Além disso, o projeto do IR tem como relator um correligionário do ministro, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

O PP e o União Brasil, que formaram uma federação e pretendem apoiar um candidato da oposição ao Planalto, anunciaram em setembro o desembarque do governo, com a proibição de filiados ocuparem cargos na gestão petista. A decisão afeta Fufuca e o ministro do Turismo, Celso Sabino (União). Até o momento, contudo, os ministros continuam nos cargos.

Nos últimos dias, o PP decidiu que não expulsará Fufuca do partido caso ele decida continuar no governo. Mas o ministro, nesse caso, perderia o comando do diretório regional da sigla no Maranhão.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Presidente da Conafer é preso em flagrante durante depoimento na CPMI do INSS


O presidente da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), Carlos Roberto Ferreira Lopes, foi preso em flagrante na madrugada desta terça-feira (30), durante seu depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside o colegiado, afirmou que o depoente mentiu durante a oitiva, após ter se comprometido em falar a verdade.

Ao longo da sessão, Lopes negou participação no esquema de fraudes bilionário revelado após operação da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria-Geral da União) em abril deste ano.

O presidente da entidade disse, no entanto, que não tem conhecimento sobre detalhes de operações de pessoas e empresas ligadas à Conafer.

“A Conafer e esse presidente também tem avesso a qualquer tipo de corrupção, qualquer tipo de fraude, ou qualquer tipo de existência ou não existência para a subtração de valores ou representatividade”, afirmou logo no início da oitiva.

A Conafer é a entidade investigada que mais aumentou, em números absolutos, os descontos em aposentadorias e pensões do INSS entre os anos de 2019 e 2024.

Saltou de R$ 400 mil para R$ 277 milhões.

Segundo o relatório da PF que originou a operação, aposentados e pensionistas que tiveram descontos em favor da instituição pagaram percentuais maiores que os registros de autorização. Isso significa que, além de fazer possíveis descontos indevidos, a cobrança era muito mais alta que o valor supostamente autorizado.

Lopes ainda negou movimentações financeiras incompatíveis com seus bens. Ele afirmou que “não confere” a informação apontada pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), de que teria movimentado R$ 1,76 milhão em dois meses, tendo um patrimônio de R$ 60 mil.

Em outro momento da oitiva, o relator questionou o presidente da Conafer sobre a “ressurreição” de mortos para assinatura de descontos associativos.

“Em 2024, a Conafer foi obrigada pela CGU [Controladoria-Geral da União] a mandar 100 fichas para conferência das regularidades das adesões. O senhor mandou a ficha da dona Maria Rodrigues. Ela já tinha morrido há cinco anos e fez uma assinatura. Esse padrão se repetiu mais de 300 vezes pela Conafer”, afirmou Gaspar.

“O Gilberto morreu há 20 anos, mas assinou. É padrão da Conafer ressuscitar mortos para assinatura de descontos associativos?”, questionou.

Ao que o presidente da entidade respondeu: “É padrão do INSS ter defunto recebendo benefício? Se o morto tiver recebendo benefício, sim”.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

EUA impõem sanções a novas autoridades brasileiras; veja lista


Os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra autoridades brasileiras, em medida que atinge diretamente integrantes do Judiciário, do governo e familiares do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (22) e teve como fundamento a Lei Magnitsky, legislação americana usada para punir casos de corrupção e violações de direitos humanos.

Entre os alvos está a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes. Além dela, também foram sancionados os filhos do casal, Gabriela, Giuliana e Alexandre, e uma empresa ligada à família, o Instituto LEX de Estudos Jurídicos. As sanções preveem bloqueios e restrições no sistema financeiro internacional.

A lista inclui ainda o advogado-geral da União, Jorge Messias, que teve o visto revogado pelos EUA. A medida foi estendida a outras cinco autoridades brasileiras: o ministro do Superior Tribunal de Justiça Benedito Gonçalves; o juiz-auxiliar do STF Rafael Rocha; os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo Marco Antonio Martin Vargas e Airton Vieira; além do ex-advogado-geral da União José Levi, que ocupou a secretaria-geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022.

Segundo o governo americano, as ações contra os brasileiros envolvem acusações de arbitrariedades em decisões judiciais e restrições a liberdades democráticas. A medida aprofunda a tensão diplomática entre Washington e Brasília, especialmente em um momento de forte polarização política no país.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

PT, PDT e União Brasil abrem disputa por vaga de Celso Sabino e Fufuca


A iminente saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo gerou uma disputa no governo pelo posto e pressionou o titular do Esporte, André Fufuca, integrante da mesma federação partidária do ministro demissionário.

Nova conversa

No Palácio do Planalto, os cálculos feitos quanto ao provável substituto envolvem ainda o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que pretende manter um nome do seu estado à frente da pasta às vésperas da COP30, que ocorre em novembro, em Belém. Sabino é aliado de Helder no Pará e pretende concorrer ao Senado na chapa com o governador paraense.

— Pretendo respeitar a decisão do meu partido. O presidente (Lula) me pediu para aguardar a volta dele da Assembleia Geral da ONU. Vamos voltar a conversar — afirmou Sabino, em Belém, ao portal g1.

Parlamentares do PT, por sua vez, defendem a nomeação do presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Pesa contra ele, no entanto, a disposição em concorrer a deputado no ano que vem, o que faria com que tivesse que deixar o posto em abril. A bancada do partido indica que não vai se opor caso a solução seja oferecer mais espaço ao PDT. Os citados foram procurados, mas não se manifestaram.

Um dos vice-líderes do PT na Câmara, Patrus Ananias (MG) afirma que essa é uma decisão que cabe ao Palácio do Planalto, mas pontuou que tem “apreço” pelo presidente da Embratur:

— Tenho muita boa relação com o Freixo e muito respeito por ele. Mas essa é uma questão do governo — disse.

A saída de Sabino também pressiona o pedido de demissão de André Fufuca (PP-MA), ministro do Esporte. Na semana passada, o União Brasil, que formalizou federação com PP em agosto, determinou a entrega de cargos de todos os seus filiados.

O movimento de desembarque do partido se deu por decisão do presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, depois que foram divulgadas notícias afirmando que um avião que seria de sua propriedade foi usado pelo crime organizado. Ele nega as suspeitas. O presidente do União vê influência do governo na divulgação da informação, o que foi negado pelo Planalto.

A decisão de desembarque antecipado gerou incômodo na ala governista do PP, que previa a continuidade de Fufuca à frente da pasta por mais tempo. O Planalto, por sua vez, manifestou incômodo com o fato de o suplente do ministro na Câmara, Allan Garcês (PP-MA), ter votado a favor do requerimento de urgência para votação do projeto da anistia. O voto do suplente irritou o Planalto especialmente após a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ter solicitado empenho dos ministros do Centrão para travar a proposta.

Relação atribulada

A aliados, Fufuca se defende dizendo que é distante do suplente e que não guarda qualquer relação com ele. A saída de Sabino, no entanto, gera desconforto e o pressiona a também deixar o governo. No fim de semana, o ministro manteve agenda de entregas de obras e assinatura de ordens de serviço no Maranhão. O PDT mantém olhar atento também sobre o Ministério do Esporte, caso o Turismo fique com Freixo ou com algum indicado por Barbalho.

As prováveis trocas nos ministérios vão representar o desfecho formal de uma relação que sempre foi conturbada. Sabino assumiu o Turismo em julho de 2023 após a titular do cargo, Daniela Carneiro, ter perdido o apoio da bancada do União Brasil. O objetivo era amarrar mais o partido às pautas do governo, o que nunca aconteceu de maneira ampla e sempre precisou ser negociado projeto a projeto. Já Fufuca chegou ao governo dois meses depois, como parte da mesma tentativa de construir uma base sólida no Congresso.

Sem essa segurança, o governo aposta na articulação direta com os comandos das Casas, como a boa relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vista como cada vez mais estratégica. Na semana passada, o senador freou a tramitação da PEC da Blindagem, pauta que não interesa ao Executivo e foi alvo de protestos pelo país ontem. O texto aprovado na Câmara impede a Justiça de abrir ações penais contra parlamentares sem o aval do Congresso. A proposta vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça e, como mostrou O GLOBO, já há maioria no Senado para barrar a iniciativa.

Pressão em Fufuca

A saída de Sabino também pressiona o pedido de demissão de André Fufuca (PP-MA), ministro do Esporte. Na semana passada, o União Brasil, que formalizou federação com PP em agosto, determinou a entrega de cargos de todos os seus filiados.

O movimento de desembarque do partido se deu por decisão do presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, depois que foram divulgadas notícias afirmando que um avião que seria de sua propriedade foi usado pelo crime organizado. Ele nega as suspeitas. O presidente do União vê influência do governo na divulgação da informação, o que foi negado pelo Planalto.

A decisão de desembarque antecipado gerou incômodo na ala governista do PP, que previa a continuidade de Fufuca à frente da pasta por mais tempo. O Planalto, por sua vez, manifestou incômodo com o fato de o suplente do ministro na Câmara, Allan Garcês (PP-MA), votou a favor do requerimento de urgência para votação do projeto da anistia. O voto do suplente irritou o Planalto especialmente após a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ter solicitado empenho dos ministros do Centrão para travar a proposta.

A aliados, Fufuca se defende dizendo que é distante do suplente e que não guarda qualquer relação com ele. A saída de Sabino, no entanto, gera desconforto e o pressiona a também deixar o governo. Neste fim de semana, o ministro manteve agenda de entregas de obras e assinatura de ordens de serviço no Maranhão. O PDT mantém olhar atento também sobre o Ministério do Esporte, caso o Turismo fique com Freixo ou com algum indicado por Barbalho.

Apesar da postura de Rueda, o governo conta com a manutenção da boa relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vista como cada vez mais estratégica. Na semana passada, o senador freou a tramitação da PEC da Blindagem, que impede a Justiça de abrir ações penais contra parlamentares sem o aval do Congresso. A proposta vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça e, como mostrou O GLOBO, já há maioria no Senado para barrar a iniciativa.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Fufuca e ministro do Centrão conversam com Lula após critica a União e PP


Cobrados na reunião ministerial da terça-feira (26/8), ministros do Centrão procuraram Lula após o encontro para justificar por que não defenderam o governo durante o evento que oficializou a federação União Brasil-PP.

Lula recebeu os ministros do Turismo, Celso Sabino (União), e dos Esportes, André Fufuca (PP), para uma conversa reservada no Palácio do Planalto logo após cobrar fidelidade deles na reunião ministerial.

Na conversa, Sabino e Fufuca alegaram a Lula que não defenderam o governo durante o evento da federação porque o cerimonial não deu a palavra aos ministros. Apenas governadores e presidentes de partidos falaram.

Entre os governadores presentes e que discursaram no evento estava o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto por Lula hoje como seu futuro adversário nas eleições de 2026.

Os ministros ainda deram razão ao presidente de cobrar de seus auxiliares a defesa pública do governo. A aliados, Sabino e Fufuca disseram que o presidente compreendeu a situação e até fez piada.

Lula acabou fazendo piadas e disse que quer mantê-los na Esplanada. Os dois, por sua vez, se comprometeram a divulgar ações positivas do governo. Lula solicitou dados do turismo no País para incluir em seus discursos e também tratou da criação da Universidade do Esporte.

Lula, segundo relatos, disse que não ia pedir para nenhum dos dois pedir demissão do governo agora e que, no cenário atual, os dois só precisariam deixar os cargos em abril, para disputar as eleições.

A cobrança de Lula aos ministros

Em seu discurso ao final da reunião, Lula cobrou fidelidade de ministros do Centrão cujos partidos criticam o governo publicamente.

O petista, segundo relatos, cobrou que os ministros defendam o governo em eventos políticos, como o que oficializou a federação União Brasil-PP, na semana passada.

Na cerimônia, diversos políticos fizeram discursos com duras críticas ao governo. Lula, porém, ficou sem defesa, apesar da presença de Sabino e Fufuca no evento.

Na reunião ministerial, segundo relatos, Lula afirmou que não dava para seus ministros estarem em uma reunião em que falam mal do governo e não defenderem a gestão da qual fazem parte.

Na reunião ministerial, Lula reclamou do presidente do União, Antonio de Rueda, e disse que gostaria de entender porque o dirigente partidário não gosta dele. O petista afirmou que também não gosta de Rueda, mas que esse fato não deveria interferir na relação entre o governo e a legenda.

O União e o PP formalizaram na semana passada a federação e devem apoiar um candidato da oposição ao Planalto em 2026, mas adiaram o possível desembarque do governo Lula. Além de Fufuca e Sabino, também há na Esplanada duas indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP): Frederico Siqueira Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Os maranhenses na lista de transmissão no celular de Bolsonaro


A investigação da Polícia Federal (PF) que rendeu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) um novo indiciamento, desta vez por tentar obstruir o curso do processo a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por golpe de Estado, encontrou mensagens trocadas pelo ex-chefe do Executivo com aliados a partir do celular apreendido com ele.

Entre os destinatários do ex-presidente, 396 contatos foram salvos em quatro listas de transmissão e receberam mensagens, que foram detalhadas pelos investigadores no relatório final do inquérito. As listas foram nomeadas por Bolsonaro como “Deputados”, “Senadores”, “Outros” e “Outros 2″. Entre os maranhenses na lista de transmissão de Bolsonaro, estão o ex-senador Roberto Rocha, o deputado Dr. Yglésio, Filipe Arnon(Vice-presidente do PL São Luís) e o blogueiro Francisco Mello.

“As listas de transmissão são uma ferramenta que permite enviar a mesma mensagem para várias pessoas ao mesmo tempo, sem criar um grupo. Cada destinatário recebe a mensagem de forma individual, como se fosse enviada apenas para ele, e as respostas chegam de maneira privada para o remetente”, diz o relatório.

Entre os contatos, estão parlamentares e aliados de primeira ordem no Partido Liberal (PL), seus filhos, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e ex-ministros de seu governo, como Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni.

Na lista “outros”, aparecem o pastor Silas Malafaia, alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira, 20, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o vice-prefeito, Ricardo Mello Araújo (PL), coronéis, líderes religiosos, prefeitos, familiares de Bolsonaro, advogados, médicos, empresários e vereadores de direita de algumas capitais brasileiras.

O relatório dos investigadores cita a lista para demonstrar o descumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, em 18 de julho, que proibia a utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.

Com as mensagens individuais e os disparos para as listas de transmissão, a PF reitera que o ex-presidente burlou a medida e usou as plataformas, por meio de mensagens enviadas que foram compartilhadas pelos seus aliados nos perfis deles.

No relatório, há uma lista com as mensagens compartilhadas pelo ex-presidente, de vídeos das manifestações pelo Brasil e com mensagens aos apoiadores. Os conteúdos foram encontrados pelo menos 338 vezes em conversas no telefone de Bolsonaro, indicando disparos em massa.

Nesta quarta, Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente esclareça os “reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”.

Em nota, a defesa de Bolsonaro disse ter sido surpreendida com o indiciamento de seu cliente por crime de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Maranhenses na lista de transmissão de Bolsonaro

Sen MA Roberto Rocha

Francisco Blog Maranhão

Pref Yglésio “São Luís” MA

Tchê Churrasco(Filipe Arnon)

sábado, 26 de julho de 2025

Zé Dirceu confirma que será candidato a deputado e defende que Haddad dispute eleição


O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu confirma que será candidato a deputado federal pelo PT no ano que vem. “Tive uma conversa com o presidente e está decidido”, afirmou ele ao Painel, sem especificar quando foi o contato com o presidente.

Cassado pela Câmara em 2005, após o escândalo do mensalão, Dirceu vinha cogitando disputar mandato parlamentar como uma forma de “reparação histórica” pela perda do mandato, que considera ter sido uma injustiça

O próprio Lula pediu a ele no começo do ano que considerasse essa hipótese, como forma de reforçar a bancada do PT na Câmara.

Dirceu agora afirma que está decidido a retornar ao Legislativo, devendo ser uma das apostas do partido como puxador de votos em São Paulo.

No mesmo espírito de reforçar eleitoralmente o PT, o ex-ministro defende a candidatura do titular da Fazenda, Fernando Haddad, para algum cargo majoritário em São Paulo, seja governo do estado ou Senado.

“Não tem escapatória. Temos que ir com os melhores do nosso campo. O [Geraldo] Alckmin não temos como tirar da vice, e no caso do Haddad temos de esperar um pouco para ver qual o melhor caminho, se governo ou Senado”, afirma Dirceu.

Segundo ele, antecipar o debate sucessório agora não é de interesse do governo, pois isso poderia atrapalhar a construção de uma frente para resistir às ameaças do governo Donald Trump. (Folha)

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Brandão, Eliziane, Fufuca se reúnem em Brasília


O governador Carlos Brandão esteve em Brasília (DF), onde participou de uma reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Junto com a senadora Eliziane Gama, o governador apoiou a solicitação dos prefeitos de Açailândia e Imperatriz, respectivamente, Dr. Benjamim e Rildo Amaral, para a construção de unidades de saúde em cada município.

Segundo o governador, os projetos foram bem recebidos pelo ministro Alexandre Padilha e o presidente Lula tem se empenhado no fortalecimento do SUS, o que dá força para que as obras possam ser autorizadas pelo Governo Federal. Em Açailândia está sendo pleiteada a construção de uma policlínica e, em Imperatriz, o Hospital Infantil no prédio do Hospital HC, além de uma unidade Socorrão.

“Estamos discutindo aqui a questão da saúde, incluindo um Socorrão para a cidade de Imperatriz e a necessidade de aquisição do prédio para fazer um Hospital Infantil. Como sempre, o ministro nos recebeu muito bem e vai estudar o projeto para em breve termos uma resposta. Saímos daqui muito otimistas. Estamos todos juntos pela saúde no Maranhão”, observou o governador Carlos Brandão.

O ministro Alexandre Padilha lembrou que o Governo Federal já tem realizado vários investimentos no Maranhão e se comprometeu em analisar os projetos apresentados com a maior celeridade possível para dar um retorno aos gestores municipais.

“O presidente Lula tem um carinho enorme pela cidade de Imperatriz. Tenham certeza do nosso esforço para ajudar o município de Imperatriz e, também, de Açailândia a enfrentar os desafios da saúde. O governo já está investindo no Maranhão e vamos buscar soluções o mais rápido possível”, comentou.

Para a senadora Eliziane Gama, apoiar os municípios maranhenses é uma forma de garantir o desenvolvimento do estado e a melhoria das condições de vida para a população. Ao lado dos prefeitos Rildo Amaral e Dr. Benjamim, ela se colocou à disposição para intermediar os diálogos com representantes do Governo Federal.

“O ministro nos recebeu muito bem. Viemos solicitar a aquisição do prédio para a implantação desse hospital que vai atender de forma significativa e realizar o sonho de décadas da cidade de Imperatriz. Já o prefeito de Açailândia fez o pleito de uma Policlínica, que é um dos projetos do presidente Lula, que tem expandido essas unidades no Brasil inteiro, inclusive recentemente. Esperamos boas notícias”, frisou a senadora.

Segundo o prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral, o trabalho conjunto das esferas federal, estadual e municipal dão mais celeridade para que os problemas e desafios nos municípios possam ser debatidos e solucionados. Ele destacou o empenho de todos, inclusive do ministro Padilha, com o pleito pelas unidades de saúde.

“Muito grato pelo atendimento do ministro Padilha, estive acompanhado da senadora Eliziane Gama e do governador Carlos Brandão que vieram reforçar a luta e a importância desse momento, assim como o ministro André Fufuca e outras pessoas que vieram a essa audiência para debater e pedir ao ministro Padilha para analisar o nosso pedido como uma causa social para a cidade de Imperatriz e toda região”, explicou.

O prefeito de Açailândia, Dr. Benjamim, agradeceu o empenho de todos que participaram da audiência com o ministro para a entrega do projeto. “Agradeço a presença do governador Brandão e da senadora Eliziane Gama. Tenho certeza que isso é inédito, um governador vir junto com os prefeitos a Brasília para auxiliar na busca de recursos. É um governador presente em todas as cidades, principalmente em Açailândia e Imperatriz, e essas parcerias estão sendo visíveis com tantas obras”, destacou.

A comitiva maranhense para a audiência com o ministro Alexandre Padilha também contou com a presença do ministro do Esporte, André Fufuca, e de vereadores do município de Açailândia.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Bolsonaro diz que questão entre Eduardo e Tarcísio está ‘pacificada’ e que vai fazer 120 deputados e 20 senadores


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 15, que deve eleger até 120 deputados federais alinhados com a direita em 2026. A declaração foi dada em entrevista concedida ao jornal Poder360.

Eu tenho certeza, vou fazer uns 120 deputados federais na próxima (eleição). O PL faz pelo menos 20 senadores pelo Brasil”, aposta o político.

O ex-presidente explica a influência que pode exercer por meio de parlamentares de direita. “Com metade do Senado, vou mandar mais que o presidente da República. Não adiante ele (o presidente) indicar o João (nome fictício) para o Supremo, que eu falo para o pessoal ‘aprova ou não aprova’”.

A declaração do ex-presidente na entrevista ocorreu após ser perguntado se ele busca um indulto contra possível condenação na trama golpista, uma vez que o hipotético perdão viria do Parlamento. Ele negou e respondeu “quero um Senado forte para equilibrar os Poderes”.

Questionado se o objetivo então seria conseguir o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro disse “não queremos perseguir ninguém”. O motivo, segundo ele, para focar na eleição de senadores e deputados, seria se proteger. “Se você me vê forte, você não me provoca”.

A tentativa de ampliar a influência no Congresso reflete o desejo de Bolsonaro de continuar exercendo influência política, mesmo estando inelegível até 2030. Em ato realizado na Avenida Paulista em junho, Bolsonaro já tinha pedido: “se vocês me derem, por ocasião das eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado eu mudo o destino do Brasil”.

Bolsonaro ainda ressalta que os senadores não precisam, necessariamente, integrar o PL, seu partido, para lhe apoiar. “Tem Estado que não vamos ter candidatos, mas sentamos com outros partidos que terão mais chance e estamos juntos. […] Acreditamos que dos 54 (mandatos) em jogo (no Senado), 44 estarão alinhados com a direita”. Bolsonaro afirma que, ao todo, deve ter 60 senadores que o sigarão.

Filho ‘não é tão maduro’

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “pacificou” a relação entre seu filho, deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o conflito sobre a taxação de 50% a produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último dia 9. “Hoje eu conversei com Eduardo e Tarcísio e foi colocada uma pedra em cima desse assunto. Não podemos dividir, Tarcísio é um grande gestor, nada de críticas a ele”, disse.

“Apesar de ele ter feito 40 anos de idade agora, ele não é tão maduro, vamos assim dizer, talhado para a política. Ele está bem, acerta 90% das vezes”, falou Bolsonaro sobre o filho.

De um lado, Eduardo levou os louros por ter, de certo modo, alcançado o objetivo pelo qual pediu licença da Câmara e se mudou aos Estados Unidos: sancionar autoridades brasileiras em benefício do pai, réu por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Diversas vezes durante entrevista, Bolsonaro negou que a sanção tarifária imposta por Trump tenha sido resultado da articulação do filho.

Tarcísio, que em um primeiro momento apoiou a medida, mesmo sendo contrária aos interesses econômicos brasileiros, teve que recuar ao receber uma enxurrada de críticas.

No recuo do governador, Eduardo viu um apoiador do pai ir contra os interesses da família, e passou a criticá-lo publicamente. Agora, Bolsonaro afirma que “é obrigação dele defender seu Estado”, e que situação “estava saindo do controle”.

“Hoje foi colocada uma pedra em cima: conversei com Eduardo e conversei com Tarcísio. Está tudo pacificado, Tarcísio continua sendo meu irmão mais novo, e vamos em frente, não podemos dividir”, disse o ex-presidente, afirmando que se houver críticas serão repassadas em particular.

O ex-presidente afirma que é obrigação de Tarcísio defender o seu estado e, por isso, ele se reuniu com o encarregado do governo americano, e está buscando uma alternativa à questão do tarifaço. “Lula deixou isto a cargo do Itamaraty, e o Itamaraty é uma piada”, declarou Bolsonaro.

O ex-presidente ainda defendeu Trump em vários momentos, afirmando que é “apaixonado” pelo republicano, que ambos tiveram uma relação de trabalho semelhante a “um namoro”, por se entenderem tão bem, e que o presidente americano “não está pedindo muita coisa”. “Ele está pedindo democracia para nós. Meu Deus do céu, obrigado Trump!”, exclamou Bolsonaro.

Bolsonaro nega que deixará o país

Bolsonaro negou que tenha intenção de fugir do Brasil em meio ao processo que pode condená-lo por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. O ex-chefe do Executivo afirmou que “está cheio de problemas de saúde”, o que inviabilizaria sua saída para outro país.

“Estou cheio de problemas de saúde, como que eu vou pra outro país? E outra, eu quero ver esse julgamento meu”, afirmou. No último dia 1º de julho, Bolsonaro comunicou que estaria suspendendo toda a sua agenda do mês devido a crises de soluços e vômitos.

Ao ser questionado se considera a hipótese de ser preso, Bolsonaro disse que “tudo pode acontecer” e usou como exemplo a prisão de Braga Netto, detido por obstrução à Justiça.

“Tudo pode acontecer hoje em dia né? Porque o Braga Netto está preso? Uma prisão preventiva durar tanto assim? Qual acusação do Braga Netto? Interferência num inquérito que já tinha acabado. É assim que funciona. Uma pessoa [Alexandre de Moraes] que sequestrou o Supremo Tribunal Federal e faz o que bem entende: prende, ele que vai interrogar, ele que vai julgar, ele que diz que é vítima porque tinha um plano para matá-lo”, criticou.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, entregou nessa segunda-feira (14/7) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o parecer final da Ação Penal nº 2.668, que investiga suposta trama golpista, e pediu a condenação dos réus no caso: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. A entrega do documento, que tem 517 páginas, ocorreu um pouco antes da meia-noite.

Gonet pediu a condenação de Bolsonaro pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Após a apresentação das alegações finais por Gonet, começa a contar o prazo para a manifestação da defesa do ex-ajudante de ordens e delator do caso, Mauro Cid. Na sequência, após os 15 dias concedidos a Cid, abre-se o prazo conjunto para as demais defesas, entre elas a de Bolsonaro.

Conforme mostrou o Metrópoles, o julgamento do ex-presidente e de aliados pode ocorrer entre agosto e setembro. Considerando a soma de todos os prazos, a previsão é de que todas as alegações estejam concluídas até 11 de agosto. Como os prazos não são suspensos durante o recesso do Judiciário em julho, a contagem segue normalmente. O processo é de relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes.