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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Exclusivo! O dossiê que apavora civis e militares do governo Bolsonaro


Tanto os lances finais da sessão da CPI da Covid que ouviu o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, como a reação dos comandantes militares às declarações de Omar Aziz (PSD-AM) sobre a existência de um “lado podre” nas Forças Armadas tem que ser interpretadas à luz de um fato novo: a crença de que está escondido na Europa um dossiê que Dias preparou enquanto estava no Ministério da Saúde para se blindar de acusações.

Depois que o cabo da PM Luiz Paulo Dominghetti declarou à CPI ter recebido de Dias um pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina e teve o celular apreendido, o ex-diretor de logística foi demitido e percebeu que não teria alívio na CPI.

Logo, começaram a circular nos bastidores de Brasilia informações de que o afilhado político de Ricardo Barros (PP-PR) tinha feito um dossiê sobre casos de corrupção no ministério e iria à comissão disposto a entregar todo mundo.

O recado chegou à CPI por meio de gente próxima a Dias e mesmo de jornalistas, configurando a guerra de nervos que se deu antes do depoimento.

Quando Dias se sentou diante dos senadores, a expectativa dos membros do G7, o grupo de oposição e independente que comanda a comissão, era de que ele fizesse como o deputado Luis Miranda ou o PM Dominghetti e, cedo ou tarde, fizesse alguma revelação bombástica. Não foi bem o que aconteceu.

Embora a toda hora alguém perguntasse se era verdade que ele havia emails da Casa Civil de Bolsonaro pedindo para “atender pessoas” – tipo de informação que segundo os senadores estaria disposto a dar na CPI –, Dias negou.

Mas, quando Aziz o pressionou para dizer se tinha feito mesmo um dossiê, o ex-diretor do Ministério da Saúde não confirmou, nem negou, criando um suspense que só aumentou a tensão.

Renan Calheiros (MDB-AL) ainda apertou Roberto Dias para dizer quem era Ronaldo Dias, seu primo que é dono do laboratório Bahiafarma – e que, segundo disseram à CPI, estaria com o tal dossiê. O ex-diretor apenas confirmou o laço entre eles e não disse mais nada.


E aí entram os militares

No governo Bolsonaro, o ministério da Casa Civil, citado nas perguntas dos senadores, tem sido ocupado por generais. Hoje, o general Luiz Eduardo Ramos. Antes, o general Walter Braga Neto, que agora está no ministério da Defesa, e que coordenou o comitê de esforços contra a Covid montado pelo presidente Jair Bolsonaro. Portanto, citar a Casa Civil num dossiê, como sugeriu Omar Aziz, não seria trivial.

De imediato, porém, quem saiu chamuscado do depoimento foi um coronel. Segundo Dias, era Elcio Franco, o secretário-executivo do ministério, quem concentrava todas as negociações de vacina.

A todo momento, Dias empurrava as responsabilidades para o 02 de Pazuello. O diretor de logística contou ainda que teve os principais subordinados substituídos por militares assim que Pazuello assumiu o ministério, deixando claro que havia uma rixa entre ele e os militares.

Nas palavras de um membro da CPI bastante experiente em ocupação de espaços no governo, “os militares chegaram ao ministério da Saúde e constataram que o território já estava ocupado pelo Centrão”.

Foi nesse clima que, durante a sessão, o presidente da CPI Omar Aziz sapecou ao microfone que “membros do lado podre das Forças Armadas estão envolvidos com falcatrua dentro do governo”.

E foi essa declaração que, pelo menos oficialmente, motivou a nota dos comandantes militares, dizendo que “as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.”

O saldo final da crise ainda está por ser medido. Ao longo da noite, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e vários outros senadores, se esforçaram para diminuir a temperatura do conflito com os militares, expressando respeito às Forças Armadas. A preocupação, porém, continua.

Até porque Roberto Dias saiu do plenário preso, acusado de mentir à CPI, e foi solto horas depois, sob fiança. Mas, mesmo sem ter dito nada, deixou no ar seco de Brasília a crença de que ele ainda tem guardado, em algum lugar, um dossiê que pode explodir a República, levando junto a imagem dos militares no governo.

Saiba o teor da conversa entre Bolsonaro e Sarney


Durante o encontro que teve com José Sarney nesta semana, revelado pelo Valor, o presidente Bolsonaro apenas reclamou. Reclamou, reclamou, reclamou.

E por que isso é uma notícia? Porque mostra como o presidente está acuado diante dos avanços das investigações da CPI da Covid-19 e o aumento galopante de sua rejeição.

Durante mais de uma hora com Sarney, o presidente criticou a Comissão, o Congresso e até o Supremo Tribunal Federal.

Saiu de lá sem pedir o que requisitou ao ex-presidente quando o encontrou em abril: uma trégua com o MDB, partido do ex-presidente e que tem a relatoria da CPI, com Renan Calheiros.

Pressionado pelas investigações da CPI da Covid e em meio ao aumento da rejeição ao governo — o Datafolha mais recente aponta que 51% desaprovam a gestão —, o presidente Jair Bolsonaro recorreu, mais uma vez, aos conselhos do ex-presidente José Sarney. O encontro, em Brasília, ocorreu na terça-feira, e também teve a presença do ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. A informação é do jornal “Valor Econômico”.

Integrantes do MDB analisaram a movimentação do Palácio do Planalto como uma tentativa de “sair do isolamento” . Os emedebistas, no entanto, avaliam que o momento de fazer um aceno para a CPI já passou e que o desgaste de Bolsonaro no colegiado é “irreversível”.

Esta é a segunda vez que Bolsonaro procura Sarney desde o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. No final de abril, enquanto senadores governistas travavam um embate com o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), Bolsonaro promoveu o encontro com o ex-presidente para tentar viabilizar um diálogo com o senador e o MDB. Na época, o presidente fez uma ligação para o filho do relator, Renan Filho (MDB), governador de Alagoas, para que o encontro ocorresse.

O ex-presidente José Sarney costuma ser procurado por correligionários e outros políticos em busca de conselhos e estratégias para atuação em Brasília. O ex-presidente Michel Temer (MDB) teve Sarney como um de seus principais mentores durante a crise provocada pelas delações premiadas de executivos da JBS. Temer, por sua vez, também se tornou um interlocutor de Bolsonaro. Em março, o ex-presidente sugeriu que o atual titular do Palácio do Planalto “assumisse” os erros cometidos na condução da pandemia e propusesse um pacto com a sociedade e outros Poderes.

Bolsonaro e Lula disputam apoio de José Sarney


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitou o ex-presidente José Sarney na última quarta-feira (7), em compromisso que não entrou na agenda oficial. Esta já é a segunda vez que Bolsonaro visita o maranhense neste ano. 

Da última vez, o objetivo da investida foi convencer Sarney a conter o seu colega de partido, Renan Calheiros, relator na CPI da Covid. Após a primeira visita de Bolsonaro, acontecida em maio, o ex-presidente Lula também foi ao encontro de José Sarney.

Político mais longevo do país na atualidade, José Sarney ocupa o posto de principal conselheiro de presidentes quando o Brasil entra em rota de crises institucionais. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e, mais recentemente, com Jair Bolsonaro.

Presidente do país durante a redemocratização e promulgação da Constituição de 1989, José Sarney foi deputado federal, governador e senador. Ele ainda ocupou por diversas vezes a Presidência do Senado.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

EXCLUSIVO! Randolfe diz que Bolsonaro "entrou de vez na investigação" da CPI da Covid


O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, declarou nesta quarta-feira (23) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se tornou o principal “foco” das investigações da Comissão instaurada no Senado.

"O presidente agora entrou de vez na investigação. O foco agora é ele. Ficou evidente que providências não foram tomadas, o contrato foi firmado. Chegamos à nova fase. O inimigo agora é outro. As outras frentes ja estao confirmadas. O alvo agora é outro", afirma Randolfe.

A declaração do senador vem após as revelações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), da base governista, de que Bolsonaro sabia das irregularidades acerca da compra da vacina Covaxin por um preço muito maior do que o ofertado pela empresa farmacêutica.

"Esse depoimento indica que a coisa é muito mais grave. Imaginávamos que era omissão e prevaricação. Mas cremos que houve ação deliberada para não fechar contatos de vacinas mais eficaz. Às custas da vida de brasileiros e para lucrar com isso, optaram por uma vacina menos eficaz", completa o membro da CPI, citando os exemplos da CoronaVac e da Pfizer , onde o governo comprovadamente demorou para firmar contratos.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Carlos Lula pode ser questionado na CPI por aglomeração em convenção


O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, já confirmou que vai mesmo prestar depoimento à CPI da Pandemia na condição de presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Embora o objetivo do convite não seja tratar de sua postura enquanto secretário estadual, nada impede que qualquer senador o questione sobre fatos relacionados ao Maranhão.

E, com isso em mente, membros da oposição maranhense já começaram a municiar membros da CPI de informações a respeito da condução do titular da SES durante a pandemia do novo coronavírus.


Assim, é bem provável que Lula tenha que dar explicações sobre sua participação em uma grande aglomeração eleitoral, na cidade de Coroatá, a favor do prefeito da cidade, Luís da Amovelar Filho (PT) .

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Veja o vídeo: Senadores discutem e quase partem para a briga na CPI da Covid-19


Durante sessão da CPI da Pandemia nesta quarta-feira (9), os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Marcos Rogério (DEM-RO) protagonizaram, hoje, um bate-boca ao votarem na CPI da Covid requerimento para convocação de Franciele Fantinato, coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunização), que deve prestar depoimento sobre a vacinação de gestantes.

A discussão começou após Otto Alencar dizer que os senadores Marcos Rogério e Luís Carlos Heinze (PP-RS) são contra a investigação da morte de parturientes. Marcos Rogério rebateu e o chamou de "covarde".

"Não seja covarde. Você sabe o respeito que eu tenho por Vossa Excelência, mas não faça isso", atacou.

Neste momento, o senador Otto Alencar se levantou e apontou o dedo ao parlamentar. Fora dos microfones, afirmou que quem é covarde é "quem está no governo". "Quem tem coragem está contra o governo", enfatizou.

A transmissão da TV Senado chegou a cortar o áudio ambiente pelo presidente da CPI, Omar Aziz.

Veja o vídeo:


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Presidente da CPI diz ter provas suficientes para indiciar Bolsonaro


A cúpula da CPI da Covid alega já haver provas suficientes para acusar o governo de Jair Bolsonaro de não querer comprar vacinas para combater o novo coronavírus. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que, com um mês de funcionamento, o colegiado conseguiu reunir evidências de que Bolsonaro seguia orientações de um “gabinete paralelo” ao Ministério da Saúde e agiu de forma “deliberada” para atrasar a compra dos imunizantes, apostando na chamada “imunidade de rebanho”.

Para Aziz, a CPI já tem motivos para pedir ao Ministério Público o indiciamento de agentes públicos por crime sanitário e contra a vida.

“Já temos provas suficientes de que o Brasil não quis comprar vacina. (…) Isso não tem mais o que provar. Tenha a certeza de que a CPI não vai dar em pizza”, disse o presidente da CPI, ao Estadão, sem dizer, no entanto, os nomes de quem deverá ser apontado como cúmplice da crise no país, sob o argumento de que, no comando da comissão, não pode fazer esse tipo de comentário. O senador afirmou, porém, ser impossível não responsabilizar Bolsonaro.

Na avaliação do senador, as ações do presidente contrárias ao isolamento social e ao uso de máscara de proteção mostram que ele estaria apostando na imunidade de rebanho e no tratamento precoce com medicamentos como a cloroquina.

“Essas duas coisas estão diretamente ligadas a ele. Não tem jeito. Ele [Bolsonaro] foi quem falou diretamente sobre cloroquina”, destacou.

sábado, 29 de maio de 2021

Flávio Dino é contra a ida de governadores a CPI da Covid-19


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e os gestores de mais 17 estados protocolaram ontem, 28, no STF uma ação pedindo a suspensão da convocação de 9 deles pela CPI da Covid.

Os governadores que assinam a peça são Wilson Lima (Amazonas), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Waldez Góes, (Amapá), Helder Barbalho (Pará), Marcos Rocha (Rondônia), Carlos Moisés (Santa Catarina), Mauro Carlesse (Tocantins), Wellington Dias (Piauí), todos convocados pela CPI.

Rui Costa (Bahia), Ronaldo Caiado (Goiás), João Doria (São Paulo), Renato Casagrande (Espírito Santo), Paulo Câmara (Pernambuco), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Belivaldo Chagas (Sergipe), Renan Filho (Alagoas) e Flávio Dino (Maranhão) também são signatários da ação, mas não foram convocados a depor na Comissão.

A convocação dos governadores pela CPI tem como objetivo começar a investigar se houve desvio de recursos transferidos pela União para o enfrentamento da covid-19. Além das oitivas dos gestores, os senadores aprovaram um pacote com 108 requerimentos que direcionam os rumos da investigação para estados e municípios, como prevê o ato de criação do colegiado.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Roberto Rocha denunciará Dino na CPI da Covid


No esforço de contra-ataque do governo Jair Bolsonaro contra governadores na CPI da Covid, senadores aliados nos estados devem ganhar força como fornecedores de informações detalhadas sobre irregularidades na aplicação de recursos federais.

No Maranhão, o senador a cumprir esse papel deve ser Roberto Rocha (sem partido).

Aliado de primeira hora do presidente da República, ele deve estar ainda mais próximo do governo federal neste momento.

Principalmente levando-se em conta que a CPI da Covid deve apertar o Consórcio Nordeste – do qual o governo Flávio Dino (PCdoB) faz parte – em virtude das malsucedidas tentativas de compra de respiradores do exterior, no ano passado.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Senadores maranhenses ficam de fora da CPI da Covid


Considerados do grupo “baixo clero” no Congresso Nacional, os três senadores maranhenses Roberto Rocha (PSDB), Eliziane Game (Cidadania) e Weverton Rocha (PDT) ficaram de fora da CPI da Pandemia, a mais importante Comissão Parlamentar de Inquérito criada nos últimos anos e que irá investigar eventuais omissões do governo federal durante o enfrentamento à Covid-19.

Os partidos já indicaram os 11 senadores titulares e os sete suplentes da CPI e na composição, o governo não tem a maioria. Veja quem são os 11 titulares, sem nenhum maranhense. Eis a lista completa, por bloco, com suplentes:


Bloco MDB, PP e Republicanos

Titulares: Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI);

Suplentes: Jader Barbalho (MDB-PA), Luis Carlos Heize (PP-RS) ou Elmano Férrer (PP-PI);



Bloco PSDB, Podemos e PSL

Titulares: Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Girão (Podemos-CE);

Suplentes: Marcos do Val (Podemos-ES);



PSD

Titulares: Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM);

Suplentes: Angelo Coronel (PSD-BA);



Bloco DEM, PL e PSC


Titulares: Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO);

Suplente: Zequinha Marinho (PSC-PA);



Bloco Rede, Cidadania, PDT e PSB

Titular: Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Suplente: Alessandro Vieira (Cidadania-SE);



Bloco PT e Pros

Titular: Humberto Costa (PT-PE);

Suplente: Rogério Carvalho (PT-SE).



A 1ª reunião da CPI precisará ser presencial para a eleição do presidente do grupo. Esse encontro deve ser acordado entre os membros e pode ser já na próxima 5ª feira (22.abr).

Quem tem a obrigação de convocar essa reunião é o membro mais velho do colegiado, Otto Alencar (PSD-BA). O presidente eleito deve escolher o relator da CPI, que produzirá o relatório final a ser entregue ao ministério público para que as medidas legais cabíveis sejam tomadas.