quinta-feira, 26 de junho de 2025
Lahesio confirma César Pires como pré-candidato ao Senado
quarta-feira, 25 de junho de 2025
Helena Duailibe vai voltar ao governo e Leonardo Sá pode assumir
Câmara de São Luís realiza audiências públicas sobre finanças e orçamento municipal
Antônio Américo e o colapso do futebol maranhense: luxo no exterior e abandono em casa
Enquanto clubes do Maranhão enfrentam dificuldades até para pagar jogadores e manter estádios funcionando, o presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, vive uma realidade completamente diferente. No comando da entidade há vários anos, ele é alvo de críticas por manter um estilo de vida regado a viagens internacionais e benefícios que contrastam com a decadência do futebol no estado.
O salário do dirigente ultrapassa os 200 mil reais por mês, o que o coloca acima de autoridades como juízes, promotores e até mesmo o governador. Tudo isso enquanto campeonatos locais perdem visibilidade, estruturas esportivas se deterioram e a base do futebol segue sem incentivo.
Américo, que inicialmente assumiu a presidência em caráter provisório, permanece até hoje no cargo. Desde então, acumula passagens por cidades da Europa, América do Sul e até Ásia, sempre com hospedagens de alto padrão e diárias bancadas por entidades ligadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Ao mesmo tempo, o futebol maranhense não consegue colocar seus clubes em destaque nas grandes competições nacionais. A estrutura técnica é precária, a transparência da gestão da FMF é constantemente questionada e os investimentos em formação de atletas são quase inexistentes.
Para muitos, a FMF se tornou um espaço fechado, onde decisões são tomadas a portas fechadas e a renovação de poder parece impossível. Em vez de modernização, o futebol do estado caminha a passos largos para o esquecimento.
A distância entre a vida confortável do presidente e a realidade dos campos maranhenses é cada vez mais evidente. Jogadores enfrentam atrasos salariais, equipes lutam por patrocínios mínimos e torcedores assistem à lenta falência de suas paixões.
Resta saber até quando esse modelo será sustentado e se, em algum momento, o futebol maranhense voltará a ser prioridade para quem deveria defendê-lo.
Com informações do Blog A Fonte
Iracema convoca eleição para vaga na Mesa Diretora da Alema
A Assembleia Legislativa do Maranhão realizará, nesta quinta-feira (26), uma sessão extraordinária para eleger o novo terceiro vice-presidente da Mesa Diretora. A convocação foi feita pela presidente da Casa, deputada Iracema Vale, em razão da vacância do cargo deixado por Hemetério Weba, que perdeu o mandato parlamentar.
O prazo para registro de candidaturas vai até as 10h do dia da votação, e a eleição ocorrerá às 11h.
Weba teve o mandato cassado após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou irregularidades no período em que ele exerceu o cargo de prefeito de Nova Olinda do Maranhão.
terça-feira, 24 de junho de 2025
Justiça rejeita pedido de cassação de vereadores do Podemos por suposta fraude à cota de gênero
A juíza Janaína Araújo de Carvalho, titular da 1ª Zona Eleitoral de São Luís, decidiu nesta segunda-feira (23) pela improcedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra o partido Podemos. A legenda era acusada de descumprir a cota de gênero nas eleições municipais de 2024, mas, segundo a magistrada, não houve comprovação de irregularidades.
O parecer do Ministério Público Eleitoral, assinado pelo promotor João Leonardo Sousa Pires Leal, já havia recomendado o arquivamento da ação. Para ele, não existiam provas suficientes de fraude e os mandatos dos três vereadores eleitos pela sigla — Fábio Macedo, Wendel Martins e Raimundo Júnior — deveriam ser mantidos.
Na sentença, a juíza destacou que os autores da ação não apresentaram provas robustas que comprovassem a suposta fraude. Ela ressaltou ainda que a decisão se alinha aos princípios da segurança jurídica e da soberania popular expressa pelo voto.
“Diante da fragilidade dos elementos apresentados e em respeito à legitimidade do processo eleitoral, não restou configurada nenhuma irregularidade que justificasse a cassação dos mandatos”, afirmou Janaína Araújo.
Com isso, os pedidos formulados nas AIJEs nº 0600188-16.2024.6.10.0001 foram integralmente rejeitados, garantindo a permanência dos vereadores eleitos pelo Podemos.
Solidariedade de Othelino e PRD de Marreca devem anunciar federação partidária nesta semana
Os partidos Solidariedade e PRD devem anunciar nesta quarta-feira (25) que vão formar uma federação partidária. A nova aliança será confirmada na Câmara dos Deputados, às 15h. No Maranhão, os partidos são comandados pelo deputado estadual Othelino Neto e o deputado federal Marreca Filho, respectivamente.
A aliança, segundo dirigentes, será anunciada em um evento na Câmara dos Deputados. Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foram convidados. Com a junção dos dois partidos, o Brasil passa a ter cinco federações partidárias. As três já existentes são formadas por: PT, PCdoB e PV; PSDB-Cidadania; PSOL-Rede; e PP-União Brasil, anunciada em abril.
A federação deve ter a documentação formalizada ao longo desta semana, com a constituição da aliança em cartório. Nos próximos dias, a papelada deve ser encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quem cabe oficializar a união. A aliança é mais um movimento das siglas para tentar driblar o asfixiamento financeiro. A partir de 2026, haverá um endurecimento dos critérios para recebimento de dinheiro público.
A federação entre Solidariedade e PRD terá 10 deputados federais, um governador (Clécio Luís, do Amapá) e 138 prefeitos eleitos em 2024.
Ao longo dos quatro anos de aliança, a federação deverá ser comandada por Ovasco Resende, um dos caciques do PRD. O deputado federal Paulinho da Força, que comanda nacionalmente o Solidariedade, deverá ocupar a vice-presidência da união.
Por ora, os partidos devem focar na consolidação da federação. Mas há quem defenda uma ampliação do grupo. Entre outras siglas, o Solidariedade vinha sendo cortejado pelo PSDB.
Em 2023, o PRD nasceu da fusão entre Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e Patriota. No mesmo ano, o Solidariedade incorporou o Pros.
Para Paulinho da Força, a nova federação deve continuar “conversando” com outras legendas. Segundo ele, após a formalização da aliança, a direção do grupo deve discutir se retomam negociações com outras siglas.
Felipe Espírito Santo, um dos vice-presidentes do Solidariedade, diz que inicialmente os partidos vão “focar na federação Solidariedade e PRD”.
A aliança é mais um movimento das siglas para tentar driblar o asfixiamento financeiro. A partir de 2026, haverá um endurecimento dos critérios para recebimento de dinheiro público.
As federações partidárias unem duas ou mais siglas por, no mínimo, quatro anos. Pelas regras, as legendas passam a atuar como uma só — o que significa que, nos cálculos de distribuição de recursos, os desempenhos são somados.
O “casamento” obriga que a federação decida candidaturas de forma conjunta. Não é possível, por exemplo, que cada partido da aliança decida por apoiar e lançar um candidato próprio aos cargos do Executivo.
Ao longo dos últimos anos, Solidariedade e PRD fizeram movimentos semelhantes para superar a cláusula de desempenho.
Apesar de negociarem federações com outras siglas no período, os partidos optaram, no entanto, por alianças definitivas.
Essas movimentações garantiram às legendas acesso aos recursos públicos mensais para o funcionamento das siglas (fundo partidário) e ao tempo de propaganda em TV e rádio.
Dentro das legendas, a avaliação, no entanto, é de que esses movimentos não serão suficientes para driblar a cláusula de desempenho em 2026.
Para dirigentes, a federação é uma saída viável para somar votos e eleitos e garantir a sobrevivência das siglas.
A regra prevê que para ter acesso aos recursos e ao tempo de propaganda as siglas ou federações devem eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da federação; ou obter, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
Após as eleições do próximo ano, a regra deve ser ainda mais rígida e exigirá: 2,5% dos votos válidos nas eleições de 2026, distribuídos em nove unidades da federação, com um mínimo de 1,5% de votos em cada uma delas; ou a eleição de 13 deputados em nove unidades.
Neste ano, além do Solidariedade e do PRD, também anunciaram que vão compor uma nova federação o União Brasil e o PP. O PSDB e o Podemos também avançaram nas negociações para uma união, mas a articulação foi suspensa por divergências relacionadas ao comando da nova legenda.