quarta-feira, 16 de junho de 2021

Federação Partidária é a salvação dos partidos ¨nanicos¨


O projeto de lei que cria o modelo de federações partidárias e tramita em regime de urgência na Câmara pode forçar a ação conjunta de partidos de oposição de abrir caminho para fusões partidárias. Segundo dirigentes e especialistas ouvidos pelo Estadão, a mudança, que é vista como uma tábua de salvação para as legendas pequenas, conta com o apoio “solidário” das siglas de esquerda, mas sofre resistência entre as médias e do Centrão.

Se for aprovado em plenário, o novo modelo também vai engessar as articulações em torno das eleições de 2022, já que os blocos que se formarem terão que apoiar o mesmo candidato presidencial e a governador em todos os Estados. O tema entrou em debate após o “endurecimento” da cláusula de desempenho ou de “barreira” – ela funciona com uma espécie de “filtro”.

Arthur Lira, presidente da Câmara, durante sessão; Casa aprovou, na quarta-feira, urgência na tramitação do projeto. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara – 09/06/2021

A cláusula entrou em vigor antes do fim das coligações partidárias proporcionais (ou seja, nas eleições parlamentares), que começaram a valer em 2020. Ela estipula um patamar mínimo de votos para que uma legenda tenha acesso ao Fundo Partidário, tempo de rádio e TV no horário eleitoral e espaços de liderança no Congresso – e cresce progressivamente a cada eleição.

Nas eleições de 2018 esse número foi de 1,5% dos votos válidos para deputado federal, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados. Em 2022, esse piso pulará para 2% (o que equivale a eleger 11 deputados). O piso aumenta de forma progressiva até chegar a 3% na eleição de 2030.

O tema é complexo, mas, em resumo, o objetivo do fim das coligações combinado com a cláusula é justamente reduzir o número de partidos no Brasil. Hoje existem 35 registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo que 28 elegeram representantes há quatro anos.

Na quarta-feira passada, por 429 votos a favor e 18 contra, os parlamentares no plenário concordaram em dar prioridade ao texto do Senado, de autoria de Renan Calheiros (MDB-AL), que permite a dois ou mais partidos se reunir em uma federação para que ela atue como se fosse uma única sigla nas eleições.

Se for aprovado, o projeto prevê que depois da eleição esse “casamento” tem de durar pelo menos uma legislatura de quatro anos. Ou seja: os federados serão obrigados a atuar como uma bancada no Congresso, embora possam manter seus símbolos e programas.

Antes da aprovação, o presidente da Câmara,Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro, havia recebido um pedido de deputados do PCdoB para pôr em pauta em regime de urgência o projeto de lei. Apesar da ideia sofrer resistência dentro do seu próprio partido e em outros do Centrão, Lira contemplou a demanda.

Judicialização

Conversas sobre a formação de federações já ocorrem nos bastidores envolvendo o PCdoB e o PSB e a Rede e o PV. “A vantagem é produzir convergência para uma fusão no futuro. É como se fosse um teste probatório de um convívio comum de correntes políticas. A fusão seria natural”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

A cientista política Lara Mesquita, pesquisadora do Centro de Economia e Política do Setor Público da FGV, avalia que a federação pode beneficiar a direita, mas a esquerda já tem uma tradição de formar blocos e atuar junto. Ela ressalta que a federação é nacional e, portanto, as alianças terão que valer também nas eleições presidenciais. “Esses partidos competem juntos nos 26 Estados e Distrito Federal, em todas as Assembleias, Câmara e Senado. Por isso precisa ter organicidade e uma unidade interna para emplacar uma federação”.

Para Lara, os partidos têm que estar muito “azeitados”. “É como se fosse uma fusão temporária, com um custo muito mais baixo de se dissolver no círculo eleitoral posterior.” A pesquisadora pondera que o projeto ainda não deixou claro como funcionará nas eleições municipais.

Esse é o mesmo questionamento do cientista político Vitor Marchetti, professor da Universidade Federal do ABC. “Em tese, teria que valer para as eleições municipais, mas esse imbróglio deve ser judicializado e cair no TSE”, afirmou.

No caso do PCdoB, a aprovação do projeto é questão de sobrevivência e a permanência no partido do seu principal quadro, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que planeja disputar o Senado em 2022. Mas o mesmo vale para outras siglas de oposição a Bolsonaro que atuam na sociedade civil, mas têm poucos deputados: a Rede de Marina Silva, o PSOL de Guilherme Boulos, o Cidadania de Roberto Freire, o Novo de João Amoedo e o PV de Eduardo Jorge.

Apesar do placar elástico a favor do regime de urgência para a tramitação da proposta, ainda há muita resistência na Câmara. “Não vejo um clima favorável. A federação é benéfica para os pequenos partidos, mas não é tão boa para os médios. E há uma predominância de partidos médios na Câmara. Não vejo muita chance de prosperar”, disse o deputado Paulo Abi Ackel (MG), vice-líder do PSDB na Casa.

O tucano votou favoravelmente ao regime de urgência, mas vê com reservas a ideia. “Não dá para trabalhar a federação de partidos logo depois de acabar com as coligações. Me parece contraditório votar o fim das coligações há dois anos e depois permitir algo que só serve para a manutenção desse quadro partidário”, afirmou.

O cientista político Rodrigo Prando, professor de sociologia do Mackenzie, compara a cláusula de barreira somada ao fim das coligações a uma “medicação” do sistema. “A legislação foi muito frouxa com a criação de partidos. Essa medida foi para acabar com as legendas de aluguel, mas prejudica também os partidos históricos ou com valores arraigados”, afirmou.

Siglas de esquerda podem iniciar processo de fusões

O projeto das federações partidárias conta com o apoio do PT e PSB como forma de “solidariedade” e sinalização política para as eleições de 2022, mas é visto também no campo da esquerda como o início de um processo mais amplo de fusões partidárias. “Nossa proposta é de um sistema político com um número reduzido de partidos e uma cláusula de desempenho mais alta, de 5%. Não acho a federação o melhor formato, mas ela pode ser um embrião de partidos maiores e mais programáticos”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Uma das fusões (ou formação de federação caso o projeto seja aprovado) discutida é justamente entre o PSB e o PCdoB. “A união com a Rede é uma possibilidade”, disse o presidente do PV, José Luiz Penna.

Para angariar apoio entre partidos fora do campo da esquerda, os deputados do PCdoB adotaram o discurso que o novo modelo pode beneficiar todos no espectro ideológico.

“O (presidente Jair) Bolsonaro pode fazer uma federação do Patriota com o PTB do Roberto Jefferson, por exemplo. Esse é um mecanismo que não é de direita nem de esquerda”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Os deputados bolsonaristas, porém, não simpatizam com a ideia. “O tema do sistema eleitoral é fisiológico e não ideológico. Fortalece os pequenos partidos de esquerda, que são os mais radicais. Querem acesso ao financiamento público, é o grande motivador”, disse o deputado Luiz Phillippe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

Já o presidente do PSD, Gilberto Kassab, sinaliza que pode apoiar o projeto. “Se ele for engessado, é uma oportunidade para que as pequenas legendas sérias continuem num casamento consolidado de quatro anos”, afirma.

Petrobrás baixa preço da gasolina e Governo do MA aumenta preço-base do combustível para R$5,51


A Petrobrás anunciou na última sexta-feira (11), mais uma redução do preço da gasolina no país. O valor caiu de R$2,58 para R$2,53, representando uma queda de 2%. Porém, o maranhense não vai sentir esse variação negativa, pois a Fecombustíveis anunciou nesta quarta-feira (16), que o Governo do Maranhão aumentou o preço-base do combustível para R$5,51, ou seja, vai ocorrer um novo aumento mesmo com um movimento contrário vindo da Petrobrás.

De acordo com levantamento feito pelo Blog Diego Emir, o preço-base da gasolina no Maranhão era de R$4,86 no dia 1º de maio, depois passou para R$5,14 no dia 16 de maio e R$5,43 no dia 1º de junho. Em menos de dois meses ocorreu uma variação de quase R$1 do preço, enquanto a Petrobras aplicou duas reduções, caindo de R$2,64 para R$2,53.

De acordo com a política do Governo do Maranhão, o preço-base da gasolina que serve como cálculo para a cobrança do ICMS, acaba sendo a média do preço praticado em todo o estado.

Portanto a partir de agora para cada litro de gasolina vendida no Maranhão: R$1,70 será para pagar o ICMS (imposto estadual) e R$0,98 para PIS/COFINS (imposto federal), somando os valores com o preço da refinaria, chega ao valor de R$5,21. Naturalmente o valor final será ainda maior, pois os donos de postos combustíveis ainda precisam tirar o lucro que gira em torno de R$0,35 centavos.


Com informações do Blog Diego Emir

Edivaldo ocultou quase 60% de recursos federais enviados a São Luís para Covid-19


O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (sem partido), ocultou quase 60% do destino dado a recursos federais destinados para ações de combate à pandemia do novo coronavírus na capital, segundo levantamento do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão.

De acordo com a corte de Contas, a partir de cruzamento de dados dos portais da transparência da prefeitura e do Governo Federal com informações do sistema de acompanhamento de contratações públicas do próprio TCE, constatou-se que Edivaldo informou o destino de apenas 41,15% do dinheiro público.

Ao todo, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) enviou no ano passado para São Luís exatos R$ 147.734.489,72 para enfrentamento à pandemia. Do montante, porém, segundo o TCE do Maranhão, a aplicação de apenas R$ 60.789.829,58 foi informada pelo ex-gestor.

A gestão de Edivaldo Júnior foi alvo de pelo menos três operações da Polícia Federal em 2020 para cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, em investigações contra fraude e superfaturamento na aquisição de equipamentos contra a Covid-19. Em 2021, foi deflagrada uma quarta operação, resultado de desdobramento das anteriores.

terça-feira, 15 de junho de 2021

Confira as 13 cidades do MA que receberão a vacina de dose única da Johnson e Johnson


Na próxima semana, pela primeira vez, o Brasil irá receber doses da vacina Janssen, da Johnson e Johnson. A expectativa para a vacina dos Estados Unidos é enorme, principalmente pelo fato de que com um única dose a pessoa já está imunizada.

No entanto, a vacina está próxima de vencer, 27 de junho, e por esse motivo existe uma recomendação do Ministério da Saúde para que seja distribuída para as capitais.

Durante uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizada nesta sexta-feira (11), Estado e municípios aprovaram a distribuição da vacina Janssen na proporção de 30% para a Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e 70% para os municípios de Imperatriz, Balsas, Caxias, Bacabal, Pinheiro, Coroatá, Açailândia, Santa Inês e Presidente Dutra.

A vacina Janssen, segundo o Ministério da Saúde, tem como público prioritário pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente e trabalhadores de educação do ensino básico. Se os municípios que receberem o imunizante já tiverem concluído a vacinação deste público, poderão prosseguir com a imunização da população geral, por faixa etária, em ordem decrescente a partir de 59 anos.

Obra inacabada de quase R$ 500 mil em Paço do Lumiar é usada para publicidade privada

Vereadores Fernando Feitosa e Miércio Robert

O vereador Miércio Robert (Avante) denunciou uma obra inacabada da Prefeitura de Paço do Lumiar que já consumiu quase R$500 mil de dinheiro público. Trata-se de um portal que foi iniciado ano passado, mas até o momento não foi concluído e virou local de publicidade de empresa privada.

O parlamentar realizou uma vistoria no local e constatou que há inúmeros problemas estruturais de engenharia e abandono da obra, que do início ao fim apresenta sinais de serviço mal executado.

O vereador Fernando Feitosa (Avante) também acompanhou o Miércio Martins e ambos verificaram in loco o absurdo praticado em Paço do Lumiar.

Tentamos contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Paço do Lumiar, mas não obtivemos resposta. 

Bolsonaro ignora intimação por aglomeração em evento no MA


O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ainda não respondeu a intimação feita pela Superintendência de Vigilância Sanitária do Maranhão (Suvisa), quase um mês após ter sido multado por provocar aglomerações e não usar máscara de proteção em meio à pandemia de Covid, durante um evento no estado.

O auto de infração sanitária foi aplicado no dia 21 de maio, após a passagem do presidente um evento em Açailândia, cidade a 562 km de São Luís. No local, Bolsonaro cumprimentou apoiadores e a passagem dele provocou inúmeras aglomerações.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que devido a falta de resposta da intimação, um defensor dativa será nomeado para apresentar a defesa sobre o caso, que será julgado pela Vigilância Sanitária do Maranhão.

De acordo com a secretaria, o presidente pode ser penalizado e multado em valores que variam de R$ 2 mil, para infrações leves, até R$ 1,5 milhão, para infrações graves (leia abaixo o valor completo das infrações), segundo a Lei Federal nº 6.437/77.

Infrações leves: de R$ 2 mil a R$ 75 mil;
Infrações graves: de R$ 75 mil a R$ 200 mil;
Infrações gravíssimas: de R$ 200 mil a R$ 1,5 milhão.

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do Palácio do Planalto ainda não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

A multa, aplicada pela Suvisa, afirma afirma que Bolsonaro descumpriu “obrigação de uso de máscara como medida farmacológica destinada a contribuir para a contenção e prevenção da Covid-19 em locais de uso coletivo, ainda que privados", além de "promover em evento da Presidência da República, aglomerações sem controle sanitário com mais de 100 pessoas", diz o documento.

Em todo o Maranhão, desde maio de 2020, é obrigatório o uso de máscara em locais públicos ou privados que sejam de uso coletivo. De acordo com o Decreto Estadual Nº 35.7469, o uso das máscaras de proteção - descartáveis, caseiras ou reutilizáveis - funcionam como medida não farmacológica destinada a contribuir para a contenção e prevenção da Covid-19.

Além de locais públicos e privados de uso coletivo, o uso de máscara em ambiente domiciliar, poderá ocorrer conforme recomendação médica.,


Multado em SP

O presidente Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), três ministros e outros cinco deputados foram multados no sábado (12), por equipes de saúde e segurança pública de São Paulo por não usarem máscara durante um passeio com motociclistas realizado na capital paulista.

Cada um deles foi multado em R$ 552,71 por desrespeito a um decreto estadual que obriga o uso da máscara para prevenir a propagação do coronavírus. O uso de máscaras é obrigatório no estado de São Paulo desde maio de 2020, conforme um decreto estadual e uma resolução da secretaria da Saúde.

André Fufuca declara apoio a Weverton para Governo e Dino ao Senado


O deputado federal e presidente do PP, André Fufuca anunciou hoje(15) que o partido decidiu apoiar o nome do senador Weverton Rocha, ao governo do MA, e do governador Flávio Dino, ao Senado.

“O nosso candidato a senador ano que vem é o governador Flávio Dino. Em relação ao projeto de governo de estado, a partir de um debate amplo envolvendo todas as esferas do partido, nós chegamos a um denominador comum de apoio ao senador Weverton”, afirmou Fufuca à TV Mirante.

O senador Weverton já agrega no seu projeto em 2022, além do PDT, o PSB, Cidadania, Republicanos, DEM, PSL e agora o PP.