quarta-feira, 15 de outubro de 2025

PGE pede para participar de ação em que Fred Campos é um dos réus


O subprocurador-Geral Adjunto do Maranhão, Antônio Carlos da Rocha Júnior, assinou uma petição requerendo a inclusão do ente federado na Ação Civil por Improbidade Administrativa que o Ministério Público ajuizou contra o juiz Sidarta Gautama, desembargadoras Nelma Sarney e Oriana Gomes, além do prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos (PSB), e seu pai, Flávio Henrique Campos, dentre outros.

A informação publicada pelo site Direito e Ordem.

Se admitido, o Estado atuará na ação como litisconsorte ativo, acompanhando quem está movendo o processo. A formação do litisconsórcio ativo pode acontecer em casos de comunhão de direitos ou conexão entre os pedidos e causas de pedir dos autores.

De acordo com o documento em anexo, o MP ajuizou a ação em face dos requeridos listados acima, em razão de irregularidades ocorridas no âmbito do Cartório do 1º Ofício de Caxias, o que causou danos ao Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário-FERJ e, consequentemente, ao erário estadual.

“Considerando que os fatos descritos na inicial indicam prejuízo direto ao patrimônio público estadual, consubstanciado em desvio de recursos vinculados ao Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário – FERJ, é inequívoco o interesse jurídico do Estado do Maranhão na causa, na qualidade de titular do bem jurídico lesado”, frisou o subprocurador na petição.

Prefeito Kedson, de Aldeias Altas, declara apoio à pré-candidatura de Hilton Gonçalo ao Senado


O prefeito de Aldeias Altas, Kedson Araújo (PL), oficializou na terça-feira, 14 de outubro, apoio à pré-candidatura de Dr. Hilton Gonçalo ao Senado Federal, reforçando o movimento de lideranças municipais que têm se unido em torno do nome do médico e ex-prefeito de Santa Rita.

O prefeito Kedson é ligado ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), uma das principais lideranças políticas do estado.

Durante o encontro, o prefeito destacou que sua escolha foi motivada pela experiência administrativa e credibilidade de Hilton Gonçalo, que exerceu quatro mandatos como prefeito de Santa Rita, com uma gestão marcada por obras estruturantes, avanços sociais e geração de emprego e renda.

“Hilton é um gestor que tem resultados comprovados. Sua trajetória mostra compromisso com o desenvolvimento do Maranhão e sensibilidade para compreender as necessidades dos municípios”, afirmou Kedson.

Com a adesão de Aldeias Altas, Hilton Gonçalo já reúne o apoio de mais de 20 prefeitos maranhenses, consolidando-se como um dos nomes mais fortes na disputa por uma das vagas do Senado em 2026.

Preso por ameaçar Alexandre de Moraes em 2022, Sarneyzinho do Maranhão pode voltar para a cadeia


O ministro Alexandre de Moraes abriu prazo de cinco dias para que a defesa de Antônio José Santos Saraiva, conhecido como “Sarneyzinho do Maranhão”, explique o descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF que possibilitaram sua soltura condicional, mediante uso de tornozeleira eletrônica. A resposta ao despacho deve ser apresentada até sexta-feira (17).

Ao ser colocado em liberdade provisória, em março do ano passado, “Sarneyzinho” deveria permanecer em casa no período noturno e nos finais de semana, além de utilizar corretamente o monitoramento eletrônico. Na ocasião, o ministro alertou que qualquer descumprimento implicaria “na decretação imediata da prisão preventiva”.

Em 2022, “Sarneyzinho” foi preso após um vídeo viralizar nas redes sociais, onde o homem chegou a afirmar ter contratado homens para “assassinar, fuzilar e executar” o ministro Alexandre de Moraes, e disse que “meus homens já estão te circundando aí, eu coloquei meus homens na sua cola para te executar”. As ameaças motivaram repercussão nacional e levaram à expulsão do acusado do PSDB, por onde tentou carreira política.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Prefeito e vice são cassados no Maranhão; Justiça Eleitoral determina novas eleições


A Justiça Eleitoral cassou os mandatos do prefeito Adilson da Silva Sousa e do vice-prefeito José Carlos Soares Melo, eleitos em 2024 em Bela Vista do Maranhão, por abuso de poder político e econômico. A decisão foi proferida nesta terça-feira (14) pelo juiz Alexandre Antônio José de Mesquita, que também declarou a inelegibilidade do ex-prefeito José Augusto Sousa Veloso Filho e aplicou multa individual de R$ 50 mil aos três.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela oposição apontou uso da máquina pública para fins eleitorais, com contratações irregulares de servidores temporários em período vedado. Segundo a sentença, a gestão municipal elevou os gastos com pessoal de R$ 6,4 milhões para mais de R$ 14 milhões e chegou a contratar 400 vigias para apenas 19 escolas, o que o magistrado classificou como “intuito claro de cooptar cabos eleitorais às custas do erário”.

Com a decisão, o juiz determinou a realização de novas eleições em Bela Vista do Maranhão, além da nulidade das contratações temporárias feitas entre julho de 2024 e a posse dos eleitos. O caso foi encaminhado ao Ministério Público para apuração de improbidade administrativa e crimes eleitorais. A sentença ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).



Indicado de deputado do MA que votou contra governo Lula é demitido da Superintendência de Agricultura


Mais um indicado de deputado federal do Maranhão perdeu o cargo federal. Depois de Lena Brandão, irmã do deputado Pedro Lucas Fernandes (União), foi a vez de Wellington Reis, que estava na superintendência de Agricultura e Pesca do Maranhão por indicação do parlamentar maranhense Josivaldo JP (PSD). Assim como Pedro Lucas, Josivaldo votou contra medida provisória do governo federal sobre taxação de setores da economia como bancos e bets.

A posse de Wellington Reis Sousa foi em junho de 2023. Na ocasião, o PSD negociava cargos federais em todo o Brasil para compor com o governo Lula. Como deputado, JP acabou indicando Reis. Na época, por ser pré-candidato a prefeito de Imperatriz, Josivaldo chegou a dar ao seu suplente de deputado (e ex-deputado federal, Edilázio Júnior) a autoria da indicação.

Ele assim fez porque se colocava como representante do campo política da direita e não queria ter ligação com o governo Lula na ocasião devido ao pleito municipal.

Mas a indicação foi do deputado maranhense Josivaldo JP e por votar contra o governo na Câmara perdeu o espaço de seu indicado.

Além de Wellington Reis, Lena Brandão também foi demitida do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan) do Maranhão. Ela é irmão do deputado Pedro Lucas Fernandes (União), que votou pela derrota do governo Lula na Câmara.

Há a possibilidade de nova demissão. Desta vez, do indicado de Marreca Filho (PRD), que também votou contra o governo na Medida Provisória.

Ele tem a indicação de Cysne Aderaldo na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Maranhão.

Demissões em cargos federais

4 superintendências do Ministério da Agricultura;

1 diretoria do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes);

3 regionais da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba);

1 superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional);

2 vice-presidência da Caixa Econômica Federal (CEF).

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Lula acende alerta no Maranhão e tenta unir governador e aliados de Dino


A divisão da base aliada do Maranhão acendeu o alerta do presidente Lula (PT), que negocia uma pacificação entre o governador Carlos Brandão (sem partido) e o grupo político remanescente do governo Flávio Dino, hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Lula esteve nesta semana em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, onde inaugurou um conjunto habitacional. Na ocasião, fez um apelo pela unidade de seus aliados no estado entrevista à TV Mirante.

“Eles têm que pesar muito a responsabilidade do que vão fazer porque na hora que a gente começa a brigar dentro de casa, a desavença chega a um nível que não conserta mais. Se a gente brincar em serviço, a gente acaba dando para o adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje”, afirmou.

No entorno do presidente, cresce a preocupação de que a fratura da base acabe dando impulso a um candidato de oposição, repetindo a eleição de 2020 em São Luís.

Dois nomes disputam o apoio de Lula em 2026. O governador trabalha pelo nome de Orleans Brandão (MDB), seu sobrinho e secretário da sua gestão. Os mais próximos a Dino defendem a candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT), nome que tem o apoio de parte da militância, mas pouco respaldo da direção do partido.

A oposição se divide entre o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que não decidiu se vai renunciar para ser candidato, e o bolsonarista Lahesio Bonfim (Novo), segundo lugar em 2022.

Unir seus aliados no estado, contudo, não será uma tarefa fácil para Lula. A crise entre os grupos de Brandão e Dino ganhou corpo desde o ano passado e só fez crescer desde então. A avaliação dos dois lados é que houve quebra de confiança e que a ruptura atingiu um ponto de não retorno.

Carlos Brandão e Flávio Dino têm uma relação política de idas e vindas e estavam afastados politicamente quando o então ministro da Justiça do governo Lula foi indicado para o STF. Mesmo distantes, não chegaram a romper relações políticas.

Brandão foi vice de Dino e assumiu o Governo do Maranhão em abril de 2022, quando Dino renunciou para concorrer ao Senado, foi reeleito no primeiro turno e ampliou sua base política.

Desde então, os dois grupos travam disputas no campo político, como na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, e no campo judicial, com impacto até mesmo na escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.


Em agosto, o fosso aumentou ainda mais após a senadora Ana Paula Lobato, que era suplente de Dino, entrar no PSB e assumir o comando estadual do partido. Brandão, que comandava a legenda, desfiliou-se.

O diálogo entre Brandão e o vice-governador Felipe Camarão, que vinha sendo mantido mesmo com divergências entre ambos, cessou nos últimos meses, e o clima é de rompimento. O vice tem buscado se aproximar do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).

No entorno do governador, a avaliação é que a oposição a Brandão é liderada por um grupo minoritário, do qual se destacam a senadora Ana Paula, os deputados estaduais Othelino Neto (Solidariedade), Carlos Lula (PSB) e Rodrigo Lago (PC do B) e o deputado federal Márcio Jerry (PC do B).

Aliados de Brandão destacam como trunfo para conquistar o apoio de Lula uma base ampla, com cerca de 180 prefeitos e o apoios de setores conservadores, incluindo partidos como o PP do ministro André Fufuca (Esportes) e o União Brasil.

Na segunda-feira (6), Fufuca prometeu apoiar a reeleição de Lula, mesmo com a pressão do seu partido para pedir demissão do cargo.

Os antigos aliados de Dino, por sua vez, dizem que governador se distanciou da esquerda e tem feito críticas ao período do governo do atual ministro do STF. Também criticam o que dizem ser personalismo de Brandão ao referendar a pré-candidatura do sobrinho para sua sucessão.

O governador avalia que há um afastamento de Dino, mas diz a aliados não ver interferência do ministro na atuação de seu antigo grupo político. Os dinistas também negam qualquer atuação de Dino, que pelo cargo que ocupa não pode ter militância político-partidária.

O PT tende a ser decisivo no xadrez eleitoral do estado. O partido tem cargos no governo Brandão, mas sem protagonismo na gestão. A tendência é que o partido siga as diretrizes da negociação que será conduzida por Lula e pelo diretório nacional.

“O presidente Lula sinalizou pela pacificação e vai conduzir as negociações para construir um caminho da unidade”, afirmou o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT).

Lula e Brandão marcaram uma conversa para a próxima semana, quando devem tentar chegar a um acordo sobre a sucessão. (Folha de SP)

Aprovados em concurso da PM protestam por nomeação em São Luís


Aprovados no último concurso da Polícia Militar do Maranhão realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (13), em São Luís, bloqueando parte da Avenida Beira-Mar, nas proximidades do Palácio dos Leões, sede do governo estadual.

Com faixas, cartazes e carro de som, os manifestantes gritaram palavras de ordem e entoaram o Hino Nacional, pedindo a convocação dos aprovados. Segundo os participantes, muitos concluíram o curso de formação, mas foram dispensados sem justificativa

Equipes da Polícia Militar e da SMTT foram acionadas para acompanhar o ato e organizar o trânsito na região, que ficou congestionado durante a mobilização.