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domingo, 15 de agosto de 2021

Prisão de Roberto Jefferson mergulha o PTB do MA num mar de incertezas


A prisão, nesta sexta-feira, 13, do ex-deputado federal e presidente do Partido Trabalhista Brasileiro, Roberto Jefferson sob a acusação de tramar contra as instituições republicanas, a começar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mergulhou de vez o PTB, fundado por Getúlio Vargas, no limbo da história. A derrocada do partido no plano nacional está sendo refletida no Maranhão, onde, depois de se tornar a referência do trabalhismo getulista e atuado como um fantasma incômodo durante a ditadura que o extinguira, renasceu no estado, nos anos 80, pelas mãos politicamente honestas de líderes como o médico Cesário Coimbra e o jornalista Vera Cruz Marques.

Com eles, o PTB recuperou parte da identidade e da  destruídas pela ditadura. Essa geração foi sucedida pelo comando, primeiro do deputado estadual Manoel Ribeiro, e depois do deputado federal Pedro Fernandes, sucedido pelo filho, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes. Mais recentemente, foi entregue à líder evangélica e deputada estadual Mical Damasceno, consumando no Maranhão a guinada para a extrema-direita.

Mesmo enfrentando a pressão do PDT fundado por Leonel Brizola, que o reivindicou, sem sucesso, o PTB acabou entregue pelo regime militar a Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio Vargas, mas sem qualquer afinidade com o trabalhismo imaginada pelo avô. No Maranhão, getulistas autênticos como Cesário Coimbra e Vera Cruz Marques, que junto com outros militantes fizeram do PTB um partido forte no contexto da redemocratização. Eles não viveram para presenciar a guinada que, sob o comando de Roberto Jefferson, o partido, que nasceu com um ideário de centro-esquerda, guindou para a extrema-direita, desembocando no que há de pior do bolsonarismo, que é a política do ódio e de vocação golpista. Antes disso, Roberto Jefferson foi advogado brilhante, um parlamentar atuante e líder do PTB, e que brilhou na Câmara Federal, dando suporte aos Governos comandados por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula da Silva (PT). Sua derrocada começou com o Mensalão, por ele denunciado, mas que o levou à prisão por desvio de recursos do partido.

Nesse período, o braço maranhense foi comandado pelos Ribeiro, primeiro sob a presidência do vereador e depois deputado estadual Manoel Ribeiro, que comandou a Assembleia Legislativa por uma década. Depois, teve o depois deputado federal Pedro Fernandes como um líder sensato e seguro, que honrou os cinco mandatos que cumpriu sem faltar a uma única sessão na Câmara Federal. Ali, Pedro Fernandes foi braço direito de Roberto Jefferson, atuando como voz moderadora, colocando freio – nem sempre com sucesso – nos rompantes do chefe, tornando-se um dos nomes de proa do PTB no plano nacional. Quando em 2018 cedeu sua vaga de candidato a deputado federal ao filho, o então vereador de São Luís Pedro Lucas Fernandes entregou-lhe também o comando do partido no Maranhão. O deputado federal Pedro Lucas Fernandes seguiu os passos do pai e logo se transformou numa das referências do PTB, de cuja bancada foi líder duas vezes.

A inclinação rápida e incontrolável de Roberto Jefferson para a extrema-direita, levando o até então independente PTB para a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), abraçando “causas” antidemocráticas e irracionais como a política para armar a população civil, inclusive insuflando-a ao confronto, e “bandeiras” como o fechamento o Supremo Tribunal Federal e a instauração de um regime de força. Tal situação colocou o deputado Pedro Lucas Fernandes, um democrata convicto, na contramão dentro do partido. O rompimento ocorreu quando o parlamentar votou para confirmar a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL) por pregar agressão a ministros do STF e a volta da ditadura. Por causa do voto, Roberto Jefferson o destituiu da liderança do PTB e da presidência do partido no Maranhão. O deputado Pedro Lucas deixou o partido.

A grande surpresa veio a seguir. Roberto Jefferson entregou o comando do PTB no Maranhão à deputada Mical Damasceno, bolsonarista de carteirinha e militante evangélica que costuma entoar louvores na tribuna da Assembleia Legislativa, cometendo a grave distorção de misturar política com religião.

Com a prisão de Roberto Jefferson, o PTB tem dois caminhos: se afastar da extrema direita e voltar ao centro com uma visão renovada de trabalhismo, ou cair de vez nas mãos do presidente Jair Bolsonaro, que pode assumir o seu controle. E nesse contexto, o futuro do PTB no Maranhão é rigorosamente incerto.

sábado, 14 de agosto de 2021

Weverton lança pré-candidatura ao Governo do Maranhão em Imperatriz hoje


O senador Weverton (PDT-MA) vai lançar hoje (14) a pré-candidatura ao governo maranhense em Imperatriz, cidade natal do parlamentar. O evento será às 18h no Complexo de Lazer Alvorada, Rua Projetada, 80, Jardim Sumaré.

“Comecei na política muito cedo porque sempre acreditei que vale a pena lutar para melhorar a vida dos maranhenses. Muitas vezes, ouvi as pessoas falarem para eu não sonhar com a política porque somente candidatos de famílias tradicionais conseguiam se eleger. Eu nunca desisti e hoje estou aqui colocando meu nome para o governo do Maranhão”, declarou o senador.

Weverton vai fazer uma série de encontros pelo estado para debater projetos de desenvolvimento em áreas prioritárias como educação, saúde, segurança, infraestrutura e todos os outros setores importantes.

“Vou debater propostas com os moradores dos municípios maranhense. Começo por Imperatriz, mas depois vou percorrer outras cidades. Quero conversar, ouvir sugestões de propostas para pensarmos no futuro do nosso estado”, declarou.

Prefeitos tentam emplacar parentes como deputados estaduais e federais em 2022


A disputa eleitoral de 2022 promete ser uma das mais duras no âmbito proporcional. Além dos tradicionais nomes da política local e dos secretários estaduais, prefeitos pretendem eleger parentes na disputa da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal. Levantamento feito pelo Blog Diego Emir aponta que mais de 15 prefeitos já estão com esposa, filho, irmão e até cunhado prontos para disputar os cargos no próximo ano.

Um dos casos que mais chama repercussão é em Caxias. O prefeito Fábio Gentil (Republicanos), tá decidido eleger a filha Amanda Gentil (PL), a deputada federal. Mas o vice-prefeito Paulo Marinho Júnior (PL), também deseja entrar nessa disputa assim como fez em 2010, 2014 e 2018.

Já os prefeitos de Arari e Lago da Pedra, Ruy Filho (PTB) e Maura Jorge (PSDB), vão unir suas forças para eleger Waldir Neto a deputado estadual. Os dois são pais do pré-candidato e representam um importante apoio na disputa.

Quem ainda vai tentar emplacar o filho são os prefeitos de Bacabal, Edvan Brandão (PDT), que aposta em Davi Brandão; o de Codó, Zé Francisco (PSD) vai com o herdeiro Pedro Neres (PSD). A exceção nessa lista fica por conta da prefeita de Cajari, dra Mária Felix (PDT), que tem o presidente da Câmara de São Luís, Osmar Filho (PDT), como pré-candidato a deputado estadual, mas ele vive uma situação diferente dos demais, pois já tem trabalho consolidado como parlamentar em São Luís.

Da cidade de Pinheiro, após o prefeito Luciano Genésio (PP), eleger a até então esposa Dra Thaiza Hortegal (PP) em 2018, agora vai apostar na sua irmã Lucyana Genésio (PP) na briga de deputada estadual.

Quem terá irmão ou irmã na disputa será o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), que terá Fernando Braide (PMN) na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa. Assim como os prefeitos de Porto Franco (Deoclides Macedo) e Estreito (Léo Cunha) que vão apostar em Valéria Macedo (PDT) e Ribinha Cunha (PSC), a diferença é que o segundo deve disputar vaga de deputado federal.

Já na lista de esposa e marido surgem o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (DEM), que tenta emplacar Janaína Ramos (MDB) como deputada estadual; Ferdinando Coutinho (PSB) de Matões que terá Claudia Coutinho como postulante ao cargo da Assembleia Legislativa; o de Balsas, Dr Erik (PDT) que terá Viviane Coelho também na disputa; assim como Vanessa Maia prefeita de Pedreiras tentará eleger o marido Fred Maia também e o de Barra do Corda, Rigo Teles (PL) que vai passar a Abigail Cunha (PL) a missão de continuar seu legado no parlamento estadual.

Em Tuntum, Fernando Pessoa (SD), vai tentar repetir o que seu cunhado fez em 2018. Naquela oportunidade, Eric Costa então prefeito de Barra do Corda elegeu o atual gestor de Tuntum a deputado estadual, agora será o inverso e o ex-vice-presidente da FAMEM vai tentar uma vaga na Assembleia Legislativa.

Essa lista ainda pode ser bem maior, afinal muitos são os prefeitos que pretendem manter representantes próprios na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, assim como os prefeitos de Arame, Pedro Fernandes, e Alto Alegre do Pindaré, Fufuca Dantas (PP), que já contam com os filho Pedro Lucas Fernandes (PTB) e André Fufuca (PP), como deputados federais e o prefeito de Santa Rita, Dr Hilton Gonçalo, conta com os irmãos Dr Gonçalo (federal) e Ariston Ribeiro (estadual).

Vale lembrar que a prefeita de Zé Doca, Josinha Cunha também possui o irmão Josimar de Maranhãozinho como federal e a cunhada Detinha, estadual. Assim como em Vitorino Freire, Luana Rezende tem o irmão Juscelino Filho como representante na Câmara Federal.

Em 2018, Rafael Leitoa (PDT), Edivaldo Holanda (PTC), Dra Thaiza Hortegal (PP), Daniella Tema (DEM), Ciro Neto (PP) e Zé Gentil (falecido), foram eleitos deputados estaduais diretamente com o apoio de parentes das prefeituras de Timon, São Luís, Pinheiro, Tuntum, Presidente Dutra e Caxias, respectivamente. Já entre os federais, apenas André Fufuca e Juscelino Filho contaram com esse apoio substancial de Alto Alegre do Pindaré e Vitorino Freire.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Lula na expectativa de novo encontro com Sarney no Maranhão


Em sua visita ao Maranhão, a partir da próxima quinta-feira, 19, o ex-presidente Lula (PT) deverá ter um encontro pessoal com o também ex-presidente José Sarney (MDB).

O pedido de encontro partiu do próprio Lula, que soube da presença de Sarney no Maranhão.

Sarney passou mais de um ano sem vir ao Maranhão por causa da pandemia de coronavírus; desembarcou semana passada em São Luís e está hospedado na casa da filha, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Segundo informamos, em primeira mão, semana passada, Lula vem ao Maranhão para uma série de compromissos políticos e administrativos.

Ao lado do governador Flávio Dino (PSB), ele visitará uma creche de tempo integral às margens da Avenida Quarto Centenário. Também se reúne com representantes dos movimentos sociais e lideranças petistas,

Outro ponto político da agenda é a reunião com prefeitos, coordenada pelo presidente da Federação dos Municípios (Famem), Erlânio Xavier (PDT).

Tanto no encontro com prefeitos quanto na reunião com José Sarney, a pauta será as eleições de 2022.

Marco D'eça

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Apoios político-partidários reforçam Weverton no interior


Quando desembarcar em Imperatriz no próximo sábado, 14, o senador Weverton Rocha (PDT) chegará com a força do apoio de seis partidos – PDT, DEM, PSL, PP, PRB e Cidadania – e ao lado dos principais líderes institucionais do estado.

Ele também se apresentará a prefeitos, vice-prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, ex-vereadores, deputados federais e estaduais e lideranças da região tocantina como o líder em todas as pesquisas de intenção de votos dentre os candidatos da base do governo Flávio Dino (PSB).

Nenhum outro pré-candidato do grupo de Flávio Dino reúne essas mesmas condições políticas para concorrer ao governo.

A visita de Weverton a Imperatriz – e ele vai também a outras quatro regiões, entre agosto e setembro – tem o objetivo de consolidar esta estrutura e fortalecer ainda mais seu nome nessas regiões, cumprindo exatamente o pacto assinado por ele, pelo governador Flávio Dino e pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Ao final dos quatro encontros regionais, o senador entende que estará pronto para receber a indicação na base de Flávio Dino como o representante do grupo para a disputa de 2022.

Pelo menos este é o compromisso assinado pelos três na reunião de julho.

Irmão de Brandão é condenado por enriquecimento ilícito


O juiz Sílvio Alves Nascimento condenou o ex-prefeito de Colinas, José Henrique Barbosa Brandão, por enriquecimento ilícito, favorecimento de terceiros e dano ao erário. O político é irmão do vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão.

A sentença acolheu o pedido do Ministério Público que alegou que o ex-gestor teria cometido atos de improbidade administrativa no artigo 11, incisos I, II e VI, da Lei 8.429/92, enquanto esteve a frente da Prefeitura de Colinas.

O Parquet alegou ainda que o irmão de Brandão cometeu irregularidades na prestação de contas, consubstanciadas no Parecer Prévio PL – TCE nº 262/2007 e no Acórdão PL – TCE 451/2009 durante o exercício de 2005.

Em razão disso, pediu a decretação da quebra do sigilo bancário e fiscal, a requisição ao Detran, cartório de registro de imóveis da cidade de Colinas e São Luís, de informações acerca dos bens existentes em nome do ex-prefeito, a decretação de indisponibilidade dos bens.

A defesa de José Henrique sustentou que o mesmo não praticou o ato improbo, consistindo a demora na entrega dos documentos da prestação de contas em mera irregularidade formal.

Sílvio Alves Nascimento afirmou que no Relatório de Informação Técnica do Recurso de Reconsideração 063/2008 que o Município de Colinas encontrava inadimplente porque a gestão de José Henrique não apresentou a lei municipal que tenha concedido ou ampliado, no exercício, incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita.

Além disso, estava ausente o relatório consubstanciado do desempenho de arrecadação; o decreto do Prefeito regulamentando a execução orçamentária do exercício, acompanhado dos demonstrativos bimestrais de arrecadação, das programações financeiras e bimestrais e dos cronogramas mensais de desembolso; o decreto ou lei do Poder Executivo que regulamenta quais os serviços passíveis de terceirização; o plano de contas, relação de estradas vicinais, demonstrativo analítico de despesas oriundas de aplicações em investimentos, demonstrativo de convênios, acordos ajustes ou outro instrumento congênere, efetuados no exercício, acompanhado de cópia dos respectivos instrumentos e informações quanto aos repasses efetivamente realizados e os a realizar e das contrapartidas já realizadas pelo executor.

O magistrado destacou também que é dever do gestor prestar as contas enquanto estiver no cargo. “O Réu, enquanto Prefeito do Município de Colinas, estava obrigado a prestar as contas anuais de sua gestão. No Relatório de Informação Técnica do Recurso de Reconsideração 063/2008, fls. 417 – 428, consta, ainda, sanadas algumas irregularidades, que o Município de Colinas encontra-se inadimplente”.

O ex-prefeito rebateu as acusações alegando que não agiu com dolo ou má-fé, tampouco tomou conhecimento de que restavam problemas referentes á prestação de contas.

O juiz pontuou que “das provas que constam dos autos, extrai-se que o Réu não prestou as contas referidas corretamente, embora obrigado a fazê-lo”. E completou: “O dolo na conduta omissiva do Réu salta aos olhos, pois após o Acórdão PL-TCE nº 353/2007, houve Pedido de Reconsideração da Parte Ré, em que foi mantido o Acórdão e reformado o Parecer Prévio PL – TCE nº 262/2007, com saneamento de apenas algumas irregularidades. O Mandato do Réu terminou em 31/12/2008, mas as contas não foram prestadas. Logo, só com a vontade livre e consciente poderia ocorrer a omissão, ou seja, dolosamente.”

O irmão de Carlos Brandão foi condenado à suspensão de direitos políticos por 3 anos; multa civil no valor correspondente a 12 vezes o valor da remuneração do Prefeito do Município de Colinas-MA.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Superintendência Federal da Pesca no Maranhão é usada para fins eleitorais

Atual superintendente da SEAP, Guilherme Paz, pré-candidato a deputado estadual e Roberto Rocha Júnior que disputará mandato de deputado federal, se tornaram da noite para o dia, “amigos dos pecadores”.


A SEAP – Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Maranhão que tem como titular Guilherme Paz, filho do ex-deputado estadual Clodomir Paz, assessor do senador Roberto Rocha, tem sido usada violentamente em prol de uma dobradinha política visando as eleições de 2022.

Guilherme Paz é pré-candidato a deputado estadual e o ex-vereador por São Luís Roberto Rocha Júnior, filho do senador, disputará cadeira na Câmara Federal no ano que vem.


Já em clima de campanha, nos últimos meses eles têm recebido diariamente dirigentes de entidades pesqueiras espalhadas por todos os cantos do Maranhão, conforme registro nas suas próprias redes sociais.

Questionado pelo Blog se é servidor da SEAP, Roberto Rocha Jr explicou que “não”. Sobre o fato de a cada dia aparecer com um dirigente de entidade pesqueira de diferente região maranhense, o filho do Senador explicou que os líderes da classe procuram o pai dele em busca de apoio.

“Eles [presidente de entidades pesqueiras] buscam apoio do senador [seu pai] às suas entidades em Brasília: Codevasf, Funasa, INSS, SEAP e até CONAB. Normal”, disse.

– Declaração de Validação de Protocolo

Porém, o Blog apurou que a história não é bem essa, na verdade, Guilherme Paz e Roberto Júnior estão usando a SEAP como trampolim político por artifício de uma Portaria emitida pela Gerência Executivo do INSS em São Luís, comandada por Luís Carlos Silva, também aliado do senador Roberto Rocha.

A polêmica Portaria reza que para formar o processo de liberação do Seguro Defeso é, obrigatoriamente, preciso a “Declaração de Validação de Protocolo” emitido unicamente pela SEAP.

Sem esse documento é impossível apresentar junto ao INSS o pedido do benefício [auxílio financeiro] pago ao pescador artesanal que fica proibido de exercer a atividade pesqueira durante o período de defeso de alguma espécie.

Portanto, a peregrinação de dirigentes de entidades pesqueiras que posam todos os dias para fotos ao lado de Guilherme Paz e Roberto Júnior é exatamente em busca de receber a almejada “Declaração de Validação de Protocolo” para os pescadores que querem dar entrada no Seguro Defeso.


Como apenas a SEAP pode emitir o documento, isso está sendo usado para beneficiar quem fecha compromisso político com a dupla para as eleições 2022.

Cabe agora a Justiça Eleitoral, em especial ao Ministério Público Eleitoral, investigar a atuação da dupla. 

Domingos Costa

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Roberto Rocha ainda não sabe em qual partido vai se filiar

Senador maranhense mostra dificuldade em encontrar uma nova legenda depois que saiu do ninho tucano; situação complica ainda mais o futuro político no MA


Correram ontem no bastidores políticos mais especulações sobre mudança de partido envolvendo o senador Roberto Rocha. Filho do saudoso governador Luiz Rocha, Roberto já arrumou as malas para sair do PSDB, após perder o comando do partido para o vice-governador Carlos Brandão, em março.

No entanto, cinco meses se passaram e o senador ainda não tem noção onde desembarcará para disputar a reeleição ou buscar novos voos no pleito do próximo ano. Em sua mesa de trabalho, ele analisa os convites, mas sem nenhuma opção capaz de lhe agradar.

O caminho poderá ser o PTB, PP, Patriotas ou até mesmo voltar ao PSDB, caso Brandão venha migrar para o PSB, mas esse é um assunto para nossa próxima abordagem.

Flávio Dino caminha para o Senado sem adversários


Mesmo levando em conta que a contagem regressiva para as eleições vai durar ainda 14 meses, que o calendário eleitoral propriamente dito ainda não foi iniciado, e ainda não haver martelo batido a respeito das candidaturas para o Palácio dos Leões, um fato já está praticamente desenhado no cenário da guerra eleitoral que se aproxima: o governador Flávio Dino (PSB) caminha com segurança a trilha do favoritismo para a única vaga de senador a ser colocada em disputa em 2022.

Isso porque no horizonte dessa disputa não existe, até aqui, dentro ou fora da aliança governista, nenhum nome – político militante ou outsider – com estatura política e potencial eleitoral para se posicionar como concorrente do atual chefe do Governo do Maranhão, que, na semana passada, em entrevista a uma emissora de rádio, confirmou sua pré-candidatura ao Senado. O seu adversário possível seria o senador Roberto Rocha (sem partido), ocupante da cadeira a ser colocada em disputa, mas ele, ao que tudo indica, não pretende não tentar a reeleição, optando por disputar o Governo do Estado ou entrar na guerra por uma cadeira na Câmara Federal.

Isso não significa dizer que o governador Flávio Dino será candidato único ao Senado. Isso não existe na democracia representativa, na qual o conceito de unanimidade não é nem deve ser visto com bons olhos. O que vale mesmo é o conceito de maioria, porque respeita também o de minoria. Outros nomes deverão se apresentar ao eleitorado para brigar pelo mandato senatorial. Até agora, no entanto, nenhum aspirante com estatura política e potencial eleitoral entrou no tabuleiro da política estadual com essa pretensão. Todos os nomes especulados para essa caminhada já anunciaram outros rumos nessa corrida eleitoral.

O espaço natural de surgimento de um candidato a senador com viabilidade seria o Grupo Sarney. Mas ali ninguém parece disposto a assumir o desafio. A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) chegou a cogitar o projeto, mas mudou de ideia, preferindo ser temporariamente lembrada para o Governo, mas focando na Câmara Federal. O empresário Lobão Filho (MDB) e o ex-deputado federal Sarney Filho (PV) passaram a bola para a frente. Hoje, parte do MDB se inclina para a candidatura de Flávio Dino, enquanto outros segmentos sarneysistas, como o PSD, que acatou a decisão do seu candidato a governador, Edivaldo Holanda Jr., de não lançar candidato a senador.

É provável que, mantida sua candidatura, o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), lance um candidato a senador, sem que haja qualquer sinal de que o nome mais importante da legenda no Maranhão, deputado federal Pedro Lucas Fernandes, queira entrar nessa aventura.

Flávio Dino não chegou a essa posição por acaso nem pela via do populismo barato. Sua estatura política, hoje de alcance nacional, e seu potencial eleitoral, mostrado por pesquisas, são o resultado de uma construção politicamente correta, iniciada ainda no movimento estudantil, nos anos 80, solidificada por uma bem-sucedida carreira como juiz federal, e, finalmente, o desembarque na seara político-partidária. Começou como deputado federal (2006), tropeçou na eleição para a Prefeitura de São Luís em 2008 e para o Governo do Estado em 2010. Nos anos seguintes criou as condições políticas necessárias para vencer a eleição de governador em 2014 e se reeleger em 2018.

Em seis anos e meio de Governo, Flávio Dino alcançou dois êxitos indiscutíveis. Primeiro: realiza um governo inovador, voltado para o plano social e desmontando a velha cultura do “mando, quero, faço”, e sem registro de derrapagens éticas. Segundo: comanda uma guinada política radical no Maranhão, desbancando a máquina política do sarneysismo, sem perseguir adversários nem caçar bruxas, realizando uma transição só vista no estado quando o próprio José Sarney desbancou a máquina vitorinista no final dos anos 60 do século passado. Foram sua eficiência como governante e a sua saudável ação política, principalmente de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que lhe deram a estatura política e a viabilidade eleitoral que o tornou o grande favorito para o Senado no ano que vem.

Político militante e movido pelo realismo que determina a dinâmica da política, o governador Flávio Dino admite sua posição de favorito, mas não endossa a tese do “já ganhou”, lembrando sempre de que cada eleição é uma eleição, e que independentemente da condição de favorito, vai mergulhar de cabeça na campanha eleitoral.

domingo, 8 de agosto de 2021

Contra rebeliões, Lula controlará poder decisório de diretórios do PT


Interlocutores do ex-presidente Lula dizem que um dos pontos a serem tratados na reunião marcada para a segunda-feira (9/8) será a subordinação dos diretórios estaduais às decisões tomadas pela Executiva Nacional do PT.

Aglutinar o poder decisório no comando do partido foi a forma que Lula encontrou para evitar rebeliões internas na sigla. Nas eleições municipais de 2020, o PT teve de lidar com a pecha de partido desunido em função dos conflitos que surgiram em diversos estados. Cizânias foram registradas em Pernambuco, Ceará, São Paulo e Maranhão.

Ao que parece, a maioria dos dirigentes estaduais concordou com a decisão.

Mical confirma voto em Bolsonaro e aguarda PTB decidir para o Governo e Senado


Indagada sobre a posição quanto ao candidato a governador no próximo ano, Mical Damasceno informou que as eleições para o governador é casada com a de senador, mas que seu partido ainda não tomou decisão.

A parlamentar disse que tem respeito e admiração pelo governador Flávio Dino, mas que a decisão de votar para senador em 2022 caberá ao PTB, partido que ela dirige no Maranhão.

A única certeza é a votação e a luta pela reeleição de Jair Bolsonaro, que terá o apoio nacional e local do PTB. “Não mediremos esforços para reeleger nosso presidente para que o Brasil continue dando certo”, afirmou.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Edivaldo Jr. pode ser “carta na manga” de Flávio Dino


A confirmação da pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior a governador – oficializada na quarta-feira, 4, com sua filiação ao PSD – deu um novo tom à disputa pré-eleitoral no Maranhão.

Até agora polarizada entre os dois principais nomes ligados ao Palácio dos Leões – o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), e o senador Weverton Rocha (PDT) – a corrida agora ganha um personagem tão, ou mais, ligado ao governador Flávio Dino (PSB) que aqueles.

Edivaldo torna-se, portanto, uma espécie de “Plano B”.

Mesmo em um partido não alinhado ao governo, o ex-prefeito não rompeu pontes com o governador. Pelo contrário, esteve nos Leões há poucos dias, conversando com Dino e garantindo publicamente que, embora esteja num partido de oposição, será o socialista o seu candidato a senador em 2022.

Essa proximidade e a confiança de Dino em Edivaldo devem deixar Brandão e Weverton de “orelhas em pé”.

Se os dois não se acertarem – ou se não decolarem nas pesquisas -, Edivaldo pode vir a se tornar o “Plano A”, é o que dizem pessoas próximas a ele e a Dino.

Densidade eleitoral ele já mostrou que tem, como ficou claro na mais recente pesquisa Escutec/O Estado, divulgada na primeira quinzena de julho.

Naquela ocasião, mesmo ainda sem partido e sem efetivamente ter-se declarado pré-candidato, ele já aparecia sempre com dois dígitos. E num cenário sem a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) assumia o segundo lugar.

Uma dor de cabeça e tanto para o tucano e seu adversário pedetista.

Gilberto Leda

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Lula visita o Maranhão ainda neste mês


Uma agenda com o ex-presidente Lula está sendo organizada no Nordeste. No Maranhão, há a possibilidade do presidenciável petista visitar o estado entre os dias 18 e 21 de agosto.

O presidente do PT, Augusto Lobato disse ao blog do John Cutrim que há indicativo entre 18 e 19. Lula participará de conversas, encontros e reuniões com segmentos e a classe política.

Para evitar aglomerações, a visita de Lula deve ficar restrita aos municípios da área metropolitana de São Luís.

Outro ponto definido da agenda de Lula ao estado que, proporcionalmente, lhe deu a maior votação no País, em 2002 e 2006, informa o jornalista Frederico Luiz, será o encontro com os movimentos sociais e líderes do PT, atuais pré-candidatos da sigla à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. Este discurso do ex-presidente é aguardado com expectativa diante da grave crise econômica do País.

Lula deve se encontrar também com o governador Flávio Dino e lideranças locais.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Felipe Camarão diz estar à disposição para ser candidato ao governo


Em entrevista à TV Mirante na manhã de hoje, o secretário de Educação Felipe Camarão falou sobre seu futuro político e ratificou que é pré-candidato à deputado federal, mas que está à disposição em uma eventual candidatura ao governo.

“Além de amigo, fiel e leal do governador Flávio Dino, faço parte do grupo liderado pelo governador, também sou militante do PT. A minha pretensão é ser pré-candidato a deputado federal, obviamente estou à disposição desse grupo político ao qual faço parte, do partido ao qual faço parte para qualquer missão”, afirmou Camarão.

Em entrevista à TV Mirante na manhã de hoje, o secretário de Educação Felipe Camarão falou sobre seu futuro político e ratificou que é pré-candidato à deputado federal, mas que está à disposição em uma eventual candidatura ao governo.

“Além de amigo, fiel e leal do governador Flávio Dino, faço parte do grupo liderado pelo governador, também sou militante do PT. A minha pretensão é ser pré-candidato a deputado federal, obviamente estou à disposição desse grupo político ao qual faço parte, do partido ao qual faço parte para qualquer missão”, afirmou Camarão.


Ele é um dos cotados do grupo Dino para concorrer ao governo em 2022.

Pecha de ‘inconfiável’ revela início de um triste fim de Edivaldo


É quase unânime na classe política a avaliação de que o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda, deixou o prefeitura surfando em ondas tranquilas com relação à sua imagem.

Mas ao mesmo tempo em que deixou o Palácio de La Ravardière com uma imagem bem avaliada e popularidade da mesma forma, foi ainda no comando do Executivo da capital que EdeH começou um calvário que nenhum político quer para si: o da falta de confiança.

E o fator determinante para essa falta de confiança aconteceu na eleição de 2020 quando preferiu ficar em cima do muro, um erro crasso em política, que gerou suas consequências naturais.

Durante a eleição, a dúvida assombrou a cabeça de todos. Para Eduardo Braide, Edivaldo fazia o jogo de Flávio Dino, que por sua vez tinha certeza que ele era controlado por Weverton Rocha e Desertores. Na prática, Weverton nunca viu esse apoio.

Resultado, Flávio Dino nunca mais quis recebê-lo; Weverton e sua “Galera Açodada” ensaiaram até uma convocação sua à CPI da Covid-19 em Brasília e Eduardo Braide, nem se fala, jamais vai confiar em fazer qualquer acordo com o isolado e individualista Edivaldo Holanda Júnior.

Ou seja, juventude, carisma e a imagem de bom filho parecem ficar em quinto plano para os principais nomes da política do Maranhão, restando ao desgastado deputado federal Edilázio Júnior (PSD) acolher a perdida ovelha, que por mais que possa aparecer com aprovação popular não descartável, parece viver mais o começo de um triste fim do que propriamente um bom começo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Bolsonaro perde apoio dos evangélicos


Jair Bolsonaro já não é mais uma unanimidade entre os evangélicos brasileiros, cada vez mais divididos em relação ao presidente em quem votaram maciçamente em 2018.

“Conversando com alguns líderes, que tinham muitas expectativas nesse discurso de moral cristã, de representações dos direitos da família evangélica, percebi que muitos se arrependeram de ter votado em Bolsonaro e estão preparados para outra mudança. Esse público não é uníssono”, explica à AFP Kléber Lucas, cantor gospel e pastor declaradamente antibolsonarista na Igreja Batista Soul, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo pesquisa do Instituto Ipec, publicada no fim de junho, 59% dos evangélicos disseram “não confiar em Bolsonaro”.

“Para muitos evangélicos, mesmo conservadores, houve uma radicalização do Bolsonaro em relação à sua postura diante da pandemia, sua agressividade, sua defesa quase que irretocável com relação à violência, seu apreço pela ditadura”, explicou Ronilso Pacheco, pesquisador e mestrando do Union Theological Seminary, da Universidade de Columbia, em Nova York.

A pandemia deixou mais de 550.000 mortos no Brasil, devido em grande parte à caótica gestão de Bolsonaro, segundo especialistas.

“Como o movimento evangélico ainda está muito na base da pirâmide social, a falta de recursos e a pobreza aumentada, a distância entre os mais ricos e os mais pobres têm feito o povo refletir um pouco mais”, avalia César Carvalho, pastor da Comunidade Cristã Novo Dia, em Jacarepaguá, também na zona oeste do Rio.

Weverton vai promover encontros regionais em agosto e setembro


Apontado como o melhor nome da base governista na disputa para suceder Flávio Dino (PSB), Weverton anunciou que colocará a caravana do trabalhador para rodar o Estado a partir do próximo mês.

O senador pedetista usou suas redes sociais para convocar seus militantes, e antecipou os primeiros quatro destinos. ‘Quero ouvir sua opinião nos encontros regionais que vou realizar a partir de agosto, para debater projetos de desenvolvimento, educação, saúde, infraestrutura e todas as áreas importantes para o nosso Estado”, postou Weverton.

O primeiro encontro acontecerá no dia 14 de agosto, em Imperatriz, cidade natal de Weverton e segundo maior colégio eleitoral do Maranhão.

No sábado seguinte, dia 21, será a vez de discutir o futuro do Estado no encontro regional de São Bernardo. No dia 04 de setembro está marcado o encontro de Presidente Dutra e dia 18, Pinheiro, na baixada maranhense.

Se repetir o formato da pré-campanha de 2018, Weverton deve ser, em 2022, o governador mais bem votado da história do Maranhão.

domingo, 1 de agosto de 2021

Após especulações sobre renúncia, Mourão deixa claro: “Sigo neste governo até o fim”


O General Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente da república, usou as redes sociais neste sábado (31/7) para dizer que permanece no governo até o fim do mandato. “Nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim”, escreveu ele no Twitter.

Segundo apuração da CNN, no início da semana, um general da reserva aconselhou Mourão a renunciar ao cargo.

Mourão, porém, teria respondido que ainda não seria o momento para deixar o governo. De acordo com a CNN, Mourão deverá ter uma conversa a sós com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos próximos dias para demonstrar seu incômodo.

sábado, 31 de julho de 2021

Brandão pode se filiar ao PSB


Na semana passada, o blog publicou o post sobre a negativa de Lula do PT do Maranhão coligar-se com o PSDB. ”Tratava-se de uma apuração de bastidores da última conversa do ex-presidente com o governador maranhense sobre a sucessão de 2022, para qual o PT tem preferência em uma aliança com o PDT.

O Palácio dos Leões não desmentiu a declaração atribuída a Lula, mas a reação de bastidores começou a ser operada: segundo também apurou este blog, o vice-governador Carlos Brandão já cogita deixar novamente o PSDB para entrar no PSB, com a anuência do próprio Dino.

“Seria uma forma de convencer Lula a apoiá-lo”, justificaram lideranças do governo ouvidas nesta quinta-feira, 29.

A tese ganhou ainda mais força após conversa de Dino com o ex-ministro José Dirceu, que reafirmou as palavras de Lula e deixou claro a preferência pelo senador Weverton Rocha (PDT), “mais identificado com as lutas do PT”.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

De como Flávio Dino controla até os passos da oposição para 2022

Conduzindo como quer as ações dos principais candidatos do governo à sua sucessão – inclusive a do ex-prefeito Edivaldo Júnior, que nem filiado é mais à sua base – governador impõe também aos partidos oposicionistas uma pauta que o beneficia diretamente no processo


Dois fatos ocorridos na semana passada demonstram que o governador Flávio Dino (PSB) tem o controle absoluto de sua base e manipula como quer as cordas do processo eleitoral de 2022 no Maranhão:

1 – Principais pré-candidatos governistas, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT) – obrigados a assinar um “pacto” – são conduzidos pelo próprio Dino, que controla suas ações e impõe aos dois uma agenda comum “e sem brigas”, como a ocorrida no interior, no fim de semana;

2 – Mesmo impondo a Brandão e Rocha um “pacto” obrigatório, Dino recebeu o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD) – que não assinou pacto algum e nem mais faz parte de sua base – acatando sua candidatura a governador por um partido de oposição, o que diminui os dois governistas, em troca do apoio ao seu projeto senatorial.

Mas se controla com mão de ferro aliados e “ex-aliados”, a força de Flávio Dino se revelou ainda maior com outros dois fatos, também ocorridos semana passada, mas protagonizados pela oposição:

1 – Após noticias dando conta de que a Justiça Eleitoral irá analisar o processo de cassação de Flávio Dino – pela chamada “farra de capelães” – o MDB, partido hoje presidido pela ex-governadora Roseana Sarney, apressou-se em emitir nota “esclarecendo” que nada tinha a ver com o processo;

2 – Tão logo soube da reunião a portas fechadas de Dino e Edivaldo, o blog Marco Aurélio D’Eça contatou o presidente do PSD, Edilázio Júnior, que admitiu a possibilidade de a chapa de Edivaldo não ter candidato a senador; o ex-prefeito é, agora, uma espécie de candidato “por fora” da base dinista, condição que não foi dada aos demais nomes governistas.

Se isolados, estes fatos já são quase um tratado de força política; em conjunto, mostram o tamanho do poder de Flávio Dino.

Se for mesmo disputar a eleição de senador, Flávio Dino tem apenas pouco mais de oito meses de mandato; mas a tranquilidade com que controla todos os passos de sua sucessão – conduzindo governistas e oposicionistas – faz parecer que ele acabou de assumir o governo.

Não há na história do Maranhão nenhuma liderança que chegou ao final do mandato com tanta força popular – a ponto de não ter adversário para concorrer à vaga que ele escolheu disputar – e tanto vigor político, controlando quem é quem em seu governo e como deve agir a oposição.

Sem adversário para o Senado, decidindo os rumos da sucessão entre governistas e oposicionistas, Flávio Dino deve chegar a 2022 como o maior líder da história maranhense.

Com essas condições que lhe são concedidas por aliados e adversários, pode se tornar o senador mais votado da história, tendo ao seu lado o governador que ele quiser eleger.

E com uma oposição do tamanho que ele quiser.

Por Marco Aurelio D`eça